Por Fábio Vale / repórter do JORNAL DE FATO
O que para a maioria da população é um momento de lazer e diversão, para os bandidos é uma oportunidade de praticar mais um delito. As festas juninas em espaços públicos, que ocorrem tradicionalmente ao longo deste mês, acabam ficando na mira desses criminosos. E um dos principais alvos nessas ocasiões, segundo especialistas em segurança, é o aparelho celular.
A situação realmente acende um sinal de alerta, tendo em vista que as forças de segurança no Rio Grande do Norte registraram, dentro de edições anteriores, roubo/furto de celulares durante os festejos juninos no estado, como o Mossoró Cidade Junina, aberto neste sábado (3), com o tradicional "Pingo da Mei Dia"; no São João de Assú, que começa com shows artísticos no próximo dia 14; e o de Natal, que dará a largada no próximo dia 10.
Com a tendência da possibilidade de reincidência desses delitos nas festividades do São João deste ano, as Polícias Militar e Civil do Estado recomendam, desde já, ações preventivas que podem ajudar o cidadão a diminuir o risco de ter o celular alvo de furto e/ou de roubo. A reportagem manteve contato com o 12º Batalhão da PM de Mossoró, que recomendou determinados cuidados.
"Evitar andar com objetos de valor em fácil acesso ou visualização em locais com multidões; evitar locais escuros, com pouca gente", pontuou o 12º BPM. Já a Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) orientou "que a população adquira somente aparelhos celulares com procedência conhecida, com nota fiscal ou outro documento que comprove a sua origem", como forma de coibir o crime de repassar objetos roubados.
Polícias Militar e Civil do RN recomendam às vítimas que registrem Boletim de Ocorrência
"Levaram meu celular!". O que fazer em caso de ter tido o celular alvo de furto e/ou de roubo? As Polícias Militar e Civil do Rio Grande do Norte recomendam às vítimas que acionem as autoridades cabíveis e que registrem Boletim de Ocorrência, mais conhecido como BO.
Além da importância de se fazer o BO, o 12º Batalhão da PM de Mossoró alerta que a vítima evite esboçar reação na tentativa de evitar ter o celular levado por bandidos. "Em caso de ser vítima, orientamos a não reagir. Procurar a patrulha mais próxima e comunicar o roubo, assim como registrar o Boletim de Ocorrência", orienta o 12º BPM.
A corporação destacou que, especificamente em relação ao plano de segurança pública para o Mossoró Cidade Junina, a PMRN contará com 500 policiais por dia no evento; fora as outras forças de segurança. "Estaremos divididos em patrulhas, monitoramento via drones também, entre outras estratégias", enfatizou.
Já a preocupação da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) é para que a população atue de forma lícita e adquira somente aparelhos celulares com procedência conhecida, com nota fiscal ou outro documento que comprove a origem. "Além disso, ressalta a importância de incluir, no momento da confecção do Boletim de Ocorrência (B.O.) do furto/roubo, o IMEI dos equipamentos, disponível no documento fiscal", informou a instituição.
RN teve 17.061 roubos de celulares e 4.390 furtos entre 2018 e 2021
Dados nacionais, que dão conta de mais de 17 mil roubos de celulares e de mais de quatro mil furtos do aparelho no Rio Grande do Norte, entre 2018 e 2021, dão uma percepção da dimensão dessa modalidade criminosa, que perdura ao longo de todo o decorrer dos anos.
Segundo a mais recente edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), foram registrados dentro dos já citados quatro anos, 17.061 roubos de celulares no estado potiguar; e 4.390 furtos desses equipamentos.
No caso do período levantado pelo FBSP, o RN notificou um crescimento de mais de 2000% de roubo de celulares, tendo em vista que foram contabilizados 335 casos em 2018, 2.703 em 2019, 6.277 em 2020 e 7.746 em 2021.
Já em relação ao crime de furto de celulares no território potiguar nestes quatro anos mencionados pela pesquisa, o Anuário aponta um crescimento de quase 1.800 %, tendo sido contabilizados 121 ocorrências em 2018, 834 em 2019, 1.090 em 2020 e 2.345 em 2021.
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