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Postado às 13h15 | 08 Ago 2023 | Redação RN tem 64 adolescentes privados de liberdade inscritos no Encceja

Crédito da foto: Fundase/RN Foram inscritos 46 internos do Centro de Atendimento Socioeducativo - Case Pitimbu, 10 do Case Caicó

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) inscreveu 64 adolescentes em privação de liberdade no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL) de 2023.

A prova, que será realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 17 e 18 de outubro, é uma oportunidade simplificada para quem está em atraso escolar obter certificação do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio.

Foram inscritos 46 internos do Centro de Atendimento Socioeducativo - Case Pitimbu, 10 do Case Caicó e 8 do Case Mossoró. Quatro provas objetivas são aplicadas, por nível de ensino, nas áreas de Ciências da Natureza e suas tecnologias; Matemática e suas tecnologias; Linguagens, Códigos e suas tecnologias; Redação; e Ciências Humanas e suas tecnologias.  

“Quando a gente vê o número de adolescentes inscritos se dá conta de que apesar dos desafios do cotidiano, o trabalho educacional está funcionando e a perspectiva é de aumentar o número de adolescentes na medida em que a gente consiga mais eficiência do processo educativo nas escolas que funcionam dentro do sistema”, avalia o presidente da Fundase/RN, Herculano Campos, ao ressaltar a relevância da adesão ao exame nacional.

“A possibilidade dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa participarem do Encceja significa um passo na conclusão de etapas de ensino e, portanto, reflete a seriedade, o compromisso e, em certa medida, a conquista da Fundase frente ao desafio de criar projeto de vida alternativa para as pessoas que atendemos”, completa.

A técnica da Gerência de Atendimento Socioeducativo da Fundase Vanderlúcia Rebouças explica que muitos dos jovens se interessaram pelo exame e outros concordaram em participar a partir de avaliação das equipes técnicas. Ela destaca ainda que o público que cumpre medida socioeducativa tem baixa escolaridade e jamais passaram por uma prova semelhante.

“Pela idade, a maior parte já deveria estar concluindo o Ensino Médio, mas ainda está cursando o Fundamental. Quando eles entram, a partir dos 12 anos de idade, já estão em grande distorção idade-série”, detalha, ao contar que a unidade Pitimbu conta atualmente com três turmas de alfabetização.

“Será uma experiência nova para eles. Temos adolescentes que querem estudar, ser certificados.”, afirma Vanderlúcia. 

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