Equipamentos de raios-x, detectores de metais e scanner corporal
Por Fábio Vale / Repórter do JORNAL DE FATO
Uma ação nacional contra a presença de aparelhos celulares em unidades prisionais ainda não registrou ocorrências no Rio Grande do Norte. É o que garante a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SEAP/RN) em material divulgado nesta quarta-feira (18) sobre o balanço preliminar da "Operação Mute", realizada nesta semana. A pasta atribui esse cenário positivo no sistema carcerário potiguar a fatores como alegados investimentos em pessoal e estrutural.
Segundo a SEAP/RN, a operação Mute, deflagrada esta semana pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), realizada em todo país, retirou um número expressivo de celulares de prisões brasileiras, mas não localizou nenhum aparelho na esfera penitenciária estadual. A secretaria destacou que esse foi o mesmo resultado de incursões de anos anteriores.
A pasta ressaltou também que, desde 2019, não são localizados celulares no Complexo de Alcaçuz, maior presídio do RN, localizado em Nísia Floresta, na região da Grande Natal. Ainda de acordo com a SEAP/RN, em março deste ano, a SENAPPEN realizou uma ação semelhante também no Complexo de Alcaçuz, com uso de equipamentos que detectam sinais de aparelhos celulares, confirmando não existir equipamentos nas dependências da instalação prisional.
O secretário da Administração Penitenciária potiguar, Helton Edi, atribui esse resultado à modernização e aparelhamento do sistema prisional, além da capacitação e profissionalismo dos policiais penais. Ele enfatizou que os novos investimentos feitos em parceria com o Governo Federal na aquisição de esteiras de raios-x, pórticos detectores de metais, raquetes detectoras de metais e aparelhos de scanner corporal, aumentaram ainda mais o controle de acesso e a segurança dos estabelecimentos prisionais.
A SEAP/RN lembrou que, em 2023, foram instalados 16 aparelhos de Raios-X de esteira e 28 pórticos detectores de metais, além da aquisição de novos bodyscans. "Todas as penitenciárias potiguares contam com recursos de tecnologia na porta de entrada para revista de visitantes e prestadores de serviços.
Operação Mute
A operação Mute ocorre simultaneamente em 23 estados brasileiros com a finalidade de retirar aparelhos celulares e eletrônicos das unidades prisionais do país. A ação se divide em duas etapas: cortar a comunicação com uso de tecnologia que embaralha o sinal de celular e na busca dos aparelhos com ações de revistas nas celas; e é considerada uma das maiores incursões realizadas pela SENAPPEN, envolvendo 1.300 policiais penais estaduais e federais de todo o país e que ocorre até esta sexta-feira (20).
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