Terça-Feira, 24 de dezembro de 2024

Postado às 09h00 | 19 Jun 2024 | redação Rio Grande do Norte tem a quarta maior taxa de homicídios de negros do país

Crédito da foto: Reprodução Policia em local de homicídio em Mossoró

Por Fábio Vale / Repórter do Jornal de Fato

O Rio Grande do Norte tem a quarta maior taxa de homicídios de negros do país. É o que aponta levantamento do Atlas da Violência 2024, referente à taxa de homicídios de negros por 100 mil habitantes em 2022. A publicação teve dados divulgados nesta terça-feira (18), trazendo um cenário da criminalidade em todo o país, dentro de determinados períodos.

O mapeamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) deu conta de que o estado da Bahia liderou o ranking nesse quesito com índice de 51,6, com 6.259 pessoas negras mortas no estado em 2022; seguido de Amapá, com taxa de 48,8.

A lista dos cinco estados brasileiros mais violentos em 2022 para pessoas negras é completada por Amazonas, com índice de 47,5; Rio Grande do Norte, com 45,3; e Alagoas, com taxa de 45,1 cada. São Paulo teve o menor índice: 8,3, e a média nacional foi de 29,7. No que se refere aos homicídios em geral, o estado potiguar apresentou, segundo o estudo, um cenário menos negativo em determinados períodos.

Considerando as variações entre 2017 e 2022, as maiores reduções de homicídios em geral ficaram por conta do Acre, que logrou diminuição de -57,0%; seguido do Rio Grande do Norte (-49,1%) e Ceará (-45,9%). De acordo com trecho da pesquisa, alguns estados como o RN e CE, 'têm investido nos últimos anos em um trabalho integrado das organizações de segurança pública e ações orientadas pela análise criminal, conjugado a trabalho de inteligência policial'.

A edição deste sábado (22) do Jornal DE FATO traz uma reportagem especial esmiuçando demais dados do Atlas da Violência 2024 referente ao cenário no Rio Grande do Norte, como homicídios ocultos e estimados; e violências contra a infância e juventude, contra a mulher, contra a população LGBTQI+, e contra pessoas idosas; além de um quadro sobre homicídios por arma de fogo no estado potiguar.

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