Postado às 10h32 | 26 Mai 2017 | Edinaldo Moreno
Fernandinho Beira-Mar é transferido para o Presídio Federal de Mossoró
A transferência do criminoso ocorreu nesta quinta-feira
Crédito da foto: Foto: EBC
A direção da Penitenciária Federal de Mossoró confirmou que o traficante Luiz Fernando da Costa, 49 anos, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar foi transferido para a unidade prisional. A informação é do G1 RN.
A transferência de Beira-Mar, que estava preso em uma penitenciária federal em Rondônia, para o presídio na Capital do Oeste potiguar ocorreu na última quinta-feira, 25. Essa será a segunda vez que o criminoso ficará preso na unidade. A primeira vez que o traficante esteve em Mossoró foi em 2006, durante um sistema de rodízio.
Nesta quarta-feira (34), a PF deflagrou a operação "Epístolas" (termo epístola é utilizado para denominar conteudos escritos de maneira coloquial em forma de carta, com objetivo, ou não, de serem enviados ou obter respostas dos destinatários) para desmantelar organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, a quadrilha, cujo líder está preso há 11 anos no sistema penitenciário federal, movimentou valores superiores a R$ 9 milhões, com ordens recebidas pela troca de bilhetes de dentro do presídio. A operação cumpriu 22 mandados de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 27 de condução coercitiva, 85 de busca e apreensão; além de diversas outras medidas cautelares, incluindo-se o bloqueio de valores, que somados chegam a R$ 9 milhões depositados em 51 contas bancárias e suspensão de atividades comerciais de nove empresas.
As medidas da 3ª Vara Federal foram cumpridas em Rondônia, no Rio de Janeiro, Paraíba, Ceará, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. As investigações se iniciaram há cerca de um ano com a apreensão de um bilhete picotado em uma marmita encontrado por agentes federais de execução penal na Penitenciária Federal de Porto Velho. Após a reconstituição e exame grafotécnico, atestou-se ter sido escrito pelo líder da quadrilha, preso naquela unidade.
Pelo documento, foi possível identificar ordens a outros integrantes do grupo que se encontravam em liberdade. Foram apreendidos cerca de 50 bilhetes redigidos ou endereçados ao interno que eram entregues por um esquema elaborado para a transmissão de seus recados. Para tentar comprovar a origem dos rendimentos, foi montado um forte esquema de lavagem de capitais através de empresas de fachada e estabelecimentos comerciais, sobretudo casas de shows e bares, além de aquisições e reformas imobiliárias.