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Postado às 12h00 | 13 Mai 2019 | Redação Paralisação da Polícia Civil afeta funcionamento das delegacias em Mossoró

As delegacias especializadas amanheceram esta segunda-feira, 13, fechadas ao público em Mossoró. De acordo com o diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte, Ailson Rodrigues, somente a Delegacia Plantão está funcionando

Crédito da foto: Arquivo A paralisação ocorre durante todo o dia e é contra a reforma da Previdência

As delegacias especializadas amanheceram esta segunda-feira, 13, fechadas ao público em Mossoró. De acordo com o diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN), Ailson Rodrigues, somente a Delegacia de Plantão está funcionando para a confecção de flagrantes.

Segundo ele, as demais permanecerão fechadas durante todo o dia. “Todas estão paradas”, disse Rodrigues referindo-se as delegacias de Furtos e Roubos, da Mulher, a 1ª DP, entre outras. Na Defur os agentes estiveram no prédio, mas o portão permaneceu fechado. Os agentes paralisaram as atividades na 1ª DP.

Os policiais civis do estado aderiram ao protesto nacional contra a reforma da Previdência. Eles fizeram uma caminhada no centro de Natal nesta manhã.

Em Natal, para garantir o atendimento à população, principalmente os casos de flagrante, a Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol) determinou a abertura das duas DPs de plantão da cidade, que devem funcionar 24 horas. A Plantão Zona Sul funciona na Av. Interventor Mário Câmara, nº 2550, na Cidade da Esperança. E a Plantão Zona Norte fica na Av. Dr. João Medeiros Filho, nº 2141, no bairro Potengi.

O movimento é organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB), sendo composto por confederações, federações e sindicatos de vários estados. Aqui no Rio Grande do Norte, a concentração será no SINPOL-RN, a partir das 8h. O Sindicato vai promover atos de rua e um seminário sobre a reforma da Previdência com palestras do presidente do IPERN, Nereu Linhares, e do auditor fiscal Arnaldo Fiuza, que é representante da Frente Potiguar em Defesa da Previdência.

De acordo com o presidente do SINPOL-RN, Nilton Arruda, a UPB tem encampado uma luta em Brasília para garantir a manutenção da atividade de risco policial na Constituição; a integralidade e paridade em razão do exercício de atividades de risco para todos os policiais; regras de transição justas; diferenciação entre homens e mulheres na idade e tempo de contribuição; e pensão integral por morte em serviço ou em razão dele.

"A atual proposta de reforma da Previdência vai afetar todos esses pontos, trazendo grandes prejuízos para os policiais. Por isso, houve esse movimento de união em todo o Brasil para lutarmos contra a retirada de direitos e retrocessos na legislação. Há várias semanas estamos fazendo um trabalho de corpo a corpo junto aos parlamentares do Rio Grande do Norte, inclusive, estivemos em Brasília durante uma semana, para ressaltar a necessidade das peculiaridades da atividade policial serem levadas em conta", explica Nilton Arruda.

A ameaça concreta de retirada de direitos foi posta em discussão durante a Assembleia Geral e a categoria decidiu por participar da paralisação nacional no dia 13. Neste dia, os movimentos serão realizados em cada um dos estados.

Já no dia 21 de maio, haverá uma grande mobilização em Brasília, com a concentração de agentes da Segurança Pública de todo o país na capital federal. A presença do SINPOL-RN nesse ato também foi posta em deliberação na Assembleia Geral e aprovada pela unanimidade dos presentes. Com isso, o Sindicato irá organizar uma caravana para levar policiais civis do Rio Grande do Norte para Brasília.

Salários atrasados

Ainda durante a Assembleia Gera desta sexta-feira, a Diretoria do SINPOL-RN repassou detalhes da última reunião realizada com o Governo do Estado para tratar dos salários atrasados e do calendário de pagamento.

Nilton Arruda informou que o Sindicato foi incluído na Comissão Específica de Negociação Coletiva que representa o Fórum de Servidores no acompanhamento que será feito junto ao Governo do Estado, com análise das contas, balanços financeiros e aplicação dos recursos. O objetivo é que seja criado um calendário de pagamento para os meses seguintes e, principalmente, seja definido o mais rápido possível o cronograma de quitação dos atrasados.

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