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Postado às 09h30 | 05 Jan 2020 | Redação Invasões a residências podem ser mais recorrentes neste período do ano

Crédito da foto: JORNAL DE FATO Policiais estão concentrados no litoral potiguares

Por Fábio Vale/JORNAL DE FATO

O que é para ser um período de descanso e lazer, muitas vezes acaba se tornando um pesadelo. Foi o que aconteceu com a família da universitária Maiara Ramos (o nome é fictício, para preservar a real identidade da vítima), de 27 anos de idade. A jovem residente em Mossoró conta que tudo aconteceu quando foi passar a primeira semana de janeiro de 2019 com parentes em uma casa de praia no município de Tibau, localizado acerca de 40 quilômetros de Mossoró.

A cidade-praia é um dos principais destinos dos mossoroenses durante o chamado veraneio. A universitária relatou que depois dos sete primeiros dias do ano passado de diversão com familiares e amigos em Tibau, a família se deparou com uma situação aterrorizante ao retornar para a residência em Mossoró. O interior do imóvel estava todo revirado e uma das janelas da cozinha arrombada. A jovem lembra que foram levados do local diversos objetos, como um notebook e uma televisão.

“Depois desse dia, ficamos até com medo de viajar e deixar a casa sozinha”, revelou ela, contando que após o ocorrido, a família resolveu adotar algumas medidas para reforçar a segurança do imóvel, como a instalação de cerca elétrica e de câmeras de segurança. A reportagem não teve acesso a números oficiais sobre a incidência de invasões a ditas moradias fixas em cidades do Rio Grande do Norte no veraneio, mas, recorrentes relatos dão a percepção de que os casos tendem a se tornar mais frequentes neste período do ano.

Os especialistas explicam que isso pode ser resultante do fato de que parte da população tende a se mudar temporariamente para o litoral e acaba deixando o “lar doce lar” ‘desprotegido’. Para os especialistas em segurança patrimonial, isso acontece porque com a casa provisoriamente desabitada, o imóvel é visto pelos bandidos como mais exposto e com menos empecilho para se ter acesso e poder praticar a ação criminosa.

 

PRAIA SEGURA

Mas, além das ações criminosas com alvos nas residências, deixadas para trás pelos moradores em busca de casas de praia, a incidência de delitos também pode afetar a própria região litorânea. Pois, um maior movimento de pessoas e de circulação de dinheiro nesta época do ano nas praias pode atrair bandidos e aumentar o número de ocorrências, como roubos e furtos.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESED-RN) lista no site do órgão cinco dias para evitar ser alvo de ações criminosas na praia. A primeira é nunca levar objetos de valor. A outra é estar em alerta com a grande movimentação de pessoas. A orientação é para também nunca deixar pertences sozinhos, enquanto vai tomar banho de mar. Além disso, tem as dicas de não aceitar bebida de estranhos.

 

Especialista dá dicas para reduzir risco de ter a casa arrombada

– Coloque obstáculos internos que impeçam a abertura de portas, quando se ausentar;

– Distribua aparatos que façam barulho quando as portas e janelas forem forçadas;

– Em janelas e portas que deslizam sobre trilhos, coloque peças de madeira que impeçam seu deslizamento;

– Para manter vidraças fechadas, faça um furo no ponto em que as partes se superpõem e introduza um prego ou parafuso resistente.

Um site especializado em segurança patrimonial aponta 19 dicas que podem contribuir para reduzir a possibilidade de ter o imóvel arrombado. A primeira orientação para evitar assaltos a residências é acostumar-se a trancar sempre portas e portões de acesso à casa.

“Não os deixe abertos inutilmente, ainda que por poucos momentos. Os delinquentes se valem de nossos descuidos”, traz a dica. Outra orientação do especialista é não guardar valores de monta na casa. “Faça seguro deles e confie sua custódia a cofres particulares de agências bancárias.”

O especialista também dá a dica de usar cães adestrados no lado externo da casa. “Cachorros de estimação e/ou de pequeno porte devem ficar dentro de casa, principalmente na área dos fundos, onde poderão dar alarme no caso de tentativa de arrombamento.”

Outra orientação do especialista é manter sempre à mão os telefones de emergência da Polícia. “Conheça a localização da delegacia de polícia de seu bairro, instrua seus familiares e serviçais de como proceder em caso de perigo iminente ou de simples observação de suspeitos nas imediações.”

O especialista orienta ainda que, se porventura instalar alarmes sonoros e/ou luminosos, é importante testá-los periodicamente. Além disso, outra dica é usar todos os expedientes para dificultar a ação de delinquentes, desde a simples colocação de trincos e travas de segurança nas portas e janelas, até trancas, correntes e cadeados nos pontos mais vulneráveis.

E na última dica, o especialista orienta que caso a vítima se depare com o criminoso, antes de tudo é importante tentar procurar manter-se calmo. “Não tente dialogar ou discutir com eles. Não os encare diretamente, mas procure memorizar suas características pessoais, maneirismos, trajes etc.. Sobretudo, não reaja; sua vida não tem preço”, finaliza.

LEIA MAIS SOBRE O ASSUNTO NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL DE FATO DESTE DOMINGO (5)

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