Domingo, 05 de maio de 2024

Postado às 11h15 | 12 Abr 2020 | REDAÇÃO Pesquisa aponta que ciberataques a dispositivos móveis cresceram 124%

Crédito da foto: Reprodução Ataques via WhatsApp usando a pandemia do coronavírus contribuíram fortemente para elevar esse aumen

Como uma espécie de “faca de dois gumes”, a tecnologia traz benefícios e também malefícios. Em meio às diversas vantagens proporcionadas pelo avanço da computação, surge o uso indevido e até criminoso das ferramentas tecnológicas. É o caso dos delitos cibernéticos, que têm cada vez mais ganhado espaço no ambiente virtual.

E a situação é realmente preocupante. Uma pesquisa de âmbito nacional divulgada recentemente revelou que ciberataques a dispositivos móveis cresceram 124% no mês passado em todo o Brasil. Os especialistas acreditam que o atual cenário de trabalho remoto e ataques via WhatsApp usando a pandemia do coronavírus contribuíram fortemente para elevar esse aumento.

Segundo o levantamento da Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança fundada em 1997, os ataques tipo phishing (prática de roubar – ‘pescar’ – dados das vítimas) contra dispositivos móveis mais que dobraram em março deste ano em todo o país. De fevereiro a março, a empresa de cibersegurança detectou aumento de 124% neste tipo de golpe.

Para especialistas da área, este crescimento está diretamente ligado às várias mensagens maliciosas circulando no WhatsApp, se aproveitando até da pandemia do Covid-19. Eles alertam que entre as principais formas utilizadas para ganhar dinheiro, essas mensagens fazem a vítima baixar apps legítimos (sendo remunerado via programas de afiliação) ou roubam os dados pessoais do usuário para usá-los em outros ataques.

"Os cibercriminosos adaptam seus golpes diariamente e mandam mensagens bastante convincentes. No mesmo dia que o governo anunciou o auxílio emergencial, vimos mensagens maliciosas circulando no app de mensagem. Eles se aproveitam da ansiedade da população", afirmou Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil. Ele avalia que a adoção repentina do trabalho remoto nas últimas semanas devido ao isolamento social aumentou a ação dos cibercriminosos.

 

Especialistas dão dicas para evitar cair em golpes cibernéticos

Especialistas com atuação na área dão diversas dicas para evitar cair em golpes cibernéticos. As recomendações incluem medidas como sempre suspeitar de links recebidos por e-mails, SMSs ou mensagens de WhatsApp, principalmente, quando o endereço parece suspeito ou estranho.

Outra orientação é sempre verificar o endereço do site para onde foi redirecionado, endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que são genuínos. “Para isso, pressione o link até copiá-lo e cole-o no bloco de notas ou no WhatsApp para revisar o endereço do site”, detalha a dica.

O cuidado envolve também em verificar se a mensagem é verdadeira acessando o site oficial da empresa ou organização - ou os perfis nas redes sociais. “Se não tiver certeza de que o site é real e seguro, não insira informações pessoais”, avisa, sugerindo também ao usuário a utilizar soluções de segurança confiáveis no celular, como aplicativos que bloqueiam o acesso ao site falso, caso o usuário clique no link malicioso.

“Garanta que todos os dispositivos, programas, aplicativos e serviços estejam nas versões mais recentes e mantenha-os atualizados. Tenha um programa de segurança de confiança em todos os dispositivos, principalmente os móveis, e ative o firewall. Habilite também controle de aplicativos para assegurar que apenas os apps autorizados sejam instalados”, conclui.

 

PF detecta aumento significativo de ameaças cibernéticas durante pandemia

“Não seja vítima de fraudes! Verifique a origem e se proteja!”. Esse foi o alerta dado pela Polícia Federal (PF) em material divulgado nesta semana pela corporação sobre um aumento significativo de ameaças cibernéticas durante a pandemia do coronavírus.

A PF disse ter detectado realmente um crescimento desse tipo de delito em meio à crise sanitária provocada pelo Covid-19. Segundo a corporação, os criminosos utilizam campanhas falsas - compostas por meio de e-mails, links, mensagens por aplicativos, ligações telefônicas e outros canais – para obter dados bancários e informações pessoais para o cometimento de crimes cibernéticos.

Diante desse quadro, a PF emitiu uma série de orientações para prevenção, como não clicar em links enviados por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens em nome de instituições bancárias; não preencher dados de cartões de crédito em formulários e nem informar dados de cartões de crédito e senha em ligações telefônicas; e procurar as informações junto ao banco nos canais oficiais.

A PF também orienta a não repassar dados pessoais em mensagens disparadas por meio de aplicativos como Whatsapp, SMS, e-mails e até telefonemas para suposto cadastro dos beneficiários do auxílio emergencial aprovado pelo Governo Federal. “Fique atento e baixe apenas os aplicativos indicados nos sites oficiais”, avisa, alertando que solicitações de empréstimos e transferências oriundas de contatos no Whatsapp podem ser golpes.

“Ligue para o seu contato e confirme a solicitação”, recomenda, dando a dica de ficar atento a boletos, visto que códigos de barras podem ser facilmente alterados. “Qualquer dúvida, entre em contato com o credor e emissor do boleto ou com a sua instituição bancária”, acrescenta.

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