Equipe do Itep em Mossoró tem trabalhado muito neste ano
Por Fábio Vale - Repórter do JORNAL DE FATO
O Rio Grande do Norte já se aproxima de atingir a marca de 700 assassinatos e acumula 64 mortes a mais do que o mesmo período do ano passado. É o que apontam dados do Observatório da Violência (OBVIO). Somente neste mês, o estado já registrou 119 crimes letais contra a vida, totalizando 670 entre 1º de janeiro e 28 de maio de 2020.
Entre a tarde e noite de quarta (27), a região Oeste potiguar registrou os mais recentes casos notificados neste levantamento. Baraúna e Assú registraram homicídios, e Mossoró teve um suspeito morto e outro baleado em alegado confronto com a polícia. Na primeira cidade, um homem identificado como Jucélio Gonçalves de Mesquita, de 39 anos de idade, foi baleado dentro de uma casa de jogo e morreu quando estava sendo socorrido para o hospital.
A autoria e motivação do crime não foram informadas. Já no município do Vale do Açu, um homem identificado como André Pinheiro Bezerra, mais conhecido por "Remelinha”, foi morto a tiros na calçada da própria casa. A informação é de que ele já teria passagem pela polícia. E em Mossoró, uma troca de tiros entre policiais e dois suspeitos terminou com um dos suspeitos mortos e outro baleado.
O relato é de que agentes da Delegacia de Furtos e Roubos (DEFUR) realizavam diligências em área de localidade mais conhecida como Favela do Fio, no bairro Santa Delmira, quando três suspeitos armados teriam atacado o carro descaracterizado dos policiais com disparos de arma de fogo. Os policiais reagiram e acabaram baleando dois suspeitos. Matheus Felipe Gomes da Silva, de 18 anos, ainda foi socorrido, mas não resistiu e morreu. E um adolescente de 17 anos foi hospitalizado.
O atual estado de saúde dele não foi informado. Armas teriam sido apreendidas com os suspeitos. O caso fez Mossoró chegar a 84 mortes neste ano, resultante das chamadas Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLIs), que incluem homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, latrocínio (roubo seguido de morte), intervenção policial e feminicídios (violência doméstica e/ou de gênero).
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