Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Postado às 09h30 | 14 Out 2020 | Redação Operações conjuntas do MPRN e PF prendem membros de facção criminosa no Alto Oeste

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e outros nove, de busca e apreensão nas cidades de Pau dos Ferros e São Francisco do Oeste, na região do Alto Oeste potiguar

Crédito da foto: Divulgação Operações cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Pau dos Ferros e São Fran

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Polícia Federal deflagraram nesta quarta-feira (14), simultaneamente, as operações Barrito e Argos. O objetivo das ações, que contaram com o apoio da Polícia Militar, foi desarticular uma célula de liderança de uma facção criminosa paulista no Estado. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e outros nove, de busca e apreensão nas cidades de Pau dos Ferros e São Francisco do Oeste, na região do Alto Oeste potiguar.

Barrito é o som emitido pelos elefantes, em uma referência à região onde ficam as cidades-alvo da ação, conhecida como “tromba do elefante”. Argos, na mitologia grega, era um gigante que tinha cem olhos.

As investigações do MPRN e da Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (FT-NUDEM), coordenada pela Polícia Federal e composta por policiais federais, policiais civis, policiais militares e policiais penais federais, foram iniciadas em 2019 para apurar os possíveis cometimentos dos crimes de organização criminosa, porte e posse ilegal de armamentos, tráfico de drogas, associação para o tráfico e pistolagem.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos em desfavor de pessoas envolvidas diretamente nas atividades da organização e chefias da facção. Entre os investigados há lideranças estaduais da facção criminosa.

Ainda segundo as investigações, integrantes do grupo criminoso no Rio Grande do Norte mantinham intensa comunicação, em conversas via conferência, com lideranças de outros estados, nas quais realizavam cadastros de novos membros e cobravam pagamento de valores em benefício da organização criminosa, que a facção chama de “rifa”.

Os chefes da organização criminosa que se encontravam presos determinavam ordens de crimes como roubos, homicídios, tráfico de drogas dentre outros, que eram executados por membros da denominada “linha de frente” da facção.

Todos os mandados foram cumpridos. Os presos possuem antecedentes criminais, alguns deles, inclusive, se encontravam foragidos da Justiça. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos armas, drogas, munições, dinheiro fracionado e um caderno com anotações referentes à facção.

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