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Postado às 09h00 | 30 Nov 2021 | redação Cinco acusados da morte de policial penal federal em Mossoró serão julgados hoje

Crédito da foto: Reprodução Henri Charle Gama e Silva, foi morto em Mossoró em 2017

Por Fábio Vale / Repórter do JORNAL DE FATO

Cerca de quatro anos e sete meses depois do crime que resultou na morte do policial penal federal Henri Charle Gama e Silva, em Mossoró, cinco acusados do ocorrido devem sentar no banco dos réus. A investigação apontou que o assassinato do profissional, lotado no presídio de segurança máxima na cidade, foi ação de uma facção criminosa, que teria até infiltrado uma empregada e comprado uma casa vizinha à penitenciária federal potiguar para executar o plano.

A Justiça Federal no RN (JFRN) confirmou na manhã desta segunda-feira (29) que acontece nesta terça (30) o júri popular dos acusados de matar o policial penal Henri Charle. O crime aconteceu no dia 12 de abril de 2017, em rua de Mossoró, onde o servidor trabalhava no presídio federal instalado na segunda maior cidade potiguar. Segundo a JFRN, a sessão deve começar a partir das 8h de hoje, no Plenário da Justiça Estadual local. O julgamento deve ser presidido pelo juiz federal Orlan Donato Rocha, titular da 8ª Vara.

Segundo a JFRN, devem sentar no banco dos réus neste júri, que será transmitido pelo canal do Youtube da instituição (https://www.youtube.com/c/JfrnJusBrOficial): Eduardo Lapa dos Santos, Maria Cristina da Silva, Jailton Bastos de Souza, Gilvaneide Dias Mota Bastos e Edmar Fudimoto. Não há informações sobre a previsão de duração deste julgamento, que deve contar com um reforço no plano de segurança e até com possíveis mobilizações de familiares, amigos e colegas de profissão do agente penitenciário federal, que ainda estão bastante abalados com o crime e que esperam por Justiça, conforme relatos feitos à reportagem de forma extraoficial.

A decisão de pronúncia da Justiça Federal sobre este júri foi definida em março de 2019. O magistrado responsável pelo caso acolheu a denúncia do Ministério Público Federal de que o crime teve características de execução e está relacionado ao exercício da função da vítima. O juiz analisou também que a materialidade do crime de homicídio está devidamente comprovada, uma vez que o laudo de exame necroscópico atestou a morte da vítima em razão de “traumatismo cranioencefálico e do tronco devido à ação de instrumento perfuro-contundente”.

O magistrado concluiu na época que “existem indícios suficientes de envolvimento dos réus no homicídio”, diante de fatos apresentados, alegações defensivas dos réus e provas angariadas na investigação. Vale lembrar que em junho deste ano, a Polícia Federal (PF) deflagrou em junho deste ano uma operação no estado do Paraná, que resultou na prisão de um homem de 43 anos de idade, suspeito de ser o autor desse crime que vitimou o policial penal federal Henri Charlie.

Na ação denominada de “Ebenézer” - pedra de ajuda - foram mobilizados policiais federais de Brasília, Mossoró e Curitiba visando dar cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara Federal de Mossoró. A PF destacou na ocasião que mesmo com o passar dos anos e enfrentando dificuldades, nunca parou até que conseguiu identificar, localizar e prender o acusado, que estava vivendo com nome falso na capital paranaense, onde acabou sendo localizado.

 

O crime

À época do crime, o policial penal Henri Charlie estava em um bar próximo à residência dele, em Mossoró (RN), quando por volta das 16h do dia 12 de abril de 2017, um homem desceu de um veículo e atirou contra o servidor do presídio federal na cidade. Atingido pelas costas, Henri ainda assim conseguiu correr, mas, foi alcançado pelo autor dos disparos e morreu no local.

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