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Postado às 12h00 | 10 Jul 2017 | Edinaldo Filha denuncia que enfermeira do Hospital Tarcísio Maia não quis internar seu pai

Crédito da foto: Arquivo/De Fato Segundo Maria Rita, filha do idoso de 91 anos, o caso aconteceu no último dia 5 deste mês

Edinaldo Moreno/Da redação

No último dia 5 a aposentada Maria Rita da Conceição esteve com seu pai, de 91 anos, enfermo e precisou leva-lo ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e passou um por dessabor enorme no local. Lá segundo a aposentada, seu pai foi medicado pela equipe médica de plantão, que foi solicitada a internação do mesmo na clínica médica da unidade hospitalar.

No entanto, afirma Maria Rita, a enfermeira-chefe Norma Sena, informou que não internaria o senhor devido a uma norma que existe. A aposentada disse que conversou com várias pessoas e nenhuma delas disse que tem essa norma.

“Meu pai estava com dispneia e eu levei ele primeiramente para a UPA do Santo Antônio. Depois ele foi transferido em uma ambulância do Samu para o Tarcísio Maia. Ele foi muito bem atendido pela equipe médica de plantão. O médico solicitou que meu pai fosse internado na clínica médica. A enfermeira Norma Sena se recusou a internar meu pai porque disse que tinha uma norma que não permitia a internação após as 23 horas”, disse aposenta que continuou.

“Na mesma noite eu fui conversar com a supervisora chamada Katarina para que ela internasse meu pai, mas a enfermeira passou por cima e disse que não internaria. Havia vaga na clínica médica e o leito passou a noite toda sem ocupação. Depois a enfermeira me disse que não ia internar meu pai porque só havia duas técnicas de enfermagem no local”, emendou.

Maria Rita disse ainda que seu pai passou a madrugada inteira na maca do Samu. “O meu pai passou a madrugada inteira na maca do Samu em um dos corredores do hospital. Ele só veio a ser internado na manhã seguinte após a chegada de outra equipe médica. Lá por volta da meia noite e meia chegou um paciente com suspeita de meningite e meu pai ficou desprotegido porque não conseguiu uma máscara. Só eu consegui”, enfatizou.

A aposentada ainda disse que na manhã desta segunda-feira foi na Ouvidoria do Tarcísio Maia e também falou com o coordenador de enfermagem. “O que ele (coordenador de enfermagem) me disse foi que meu pai ia precisar de medicação e a farmácia estaria fechada nesse horário. Mas meu pai já estava medicado e lá tem uma farmácia satélite que funciona 24 horas. Meu pai só ia ser medicado novamente as quatro da manhã”.

Maria Rita disse que esse desabafo não é apenas pelo seu pai, mas por todas as pessoas carentes que venham a precisar de uma internação no Tarcísio Maia e não passe pelo que seu genitor passou na noite do último dia 5.

“Estou fazendo isso pela população de Mossoró. Não é só pelo meu pai, não. Têm pessoas que podem ter passado por isso e não falou nada com medo de alguma coisa. Fiz isso (procurar a imprensa) para que outras pessoas não passem pelo que eu e meu pai passamos”, desabafou.

Maria Rita informou ainda que vai procurar o Ministério Público para denunciar o caso.

Em contato com a reportagem, a assessoria de comunicação do Tarcísio Maia informou que a direção recebeu a denúncia na manhã desta segunda-feira, 10, confirmando que a norma de que não pode receber pacientes após as 23 horas não existe no Tarcísio Maia.

Disse ainda que o hospital dará alguma resposta após conversar com a enfermeira citada pela aposentada Maria Rita, filha do senhor de 91 anos, que necessitou de internação e não foi atendido no último dia 5.

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