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Postado às 08h30 | 26 Fev 2018 | Redação Por conta de paralisação dos vigilantes, bancos podem não abrir nesta segunda

A paralisação dos vigilantes marcada para esta segunda deve afetar o funcionamento nas agências bancárias no Rio Grande do Norte. O sindicato avalia que as negociações da categoria com as empresas não avançaram em pontos importantes

Crédito da foto: Magnos Alves A paralisação dos vigilantes pode afetar o funcionamento das agências bancárias

A paralisação dos vigilantes nesta segunda-feira, 26, deverá afetar o funcionamento nas agências bancárias no Rio Grande do Norte. Em sua página oficial, o Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes (Sindsegur) confirma a greve em todos os postos de vigilância no estado.

A reportagem do DE FATO entrou em contato com o presidente do Sindicato dos Bancários de Mossoró e Região, Assis Neto, e foi informada de que existe a possibilidade dos bancos no município não funcionarem neste dia. “Há uma grande possibilidade das agências não abrirem”, escreveu.

Segundo ele, o sindicato apoia o movimento e diz que durante todo o dia haverá fiscalizar. Caso verifique falta de condições de trabalho, Assis Neto disse que levaria ao Ministério Público. Ele ainda esclareceu que as empresas se comprometeram a colocar substitutos.

“A paralisação é no estado todo. Nós apoiamos o movimento e iremos fiscalizar. Se porventura, não houver condições das agências abrirem, iremos denunciar ao Ministério Público do Trabalho. As empresas de vigilância comprometeram-se a colocar substitutos”, disse.

Á reportagem, o gerente geral da Caixa Econômica Federal em Mossoró, Julierme Torres, informou que se tiver o número mímino de vigilantes as agências da CEF vão abrir normalmente.

“Se tiver o mínimo de vigilantes definidos pela Polícia Federal para que as agências funcionem nós vamos abrir normalmente. Ser não tiver nós não abriremos. Vamos nos informar sobre o movimento dos vigilantes para saber como vamos proceder. Os bancários todos vão para as agências. Caso não tenhamos condições de funcionamento, não abriremos para o público”, disse Torres.

Dirigentes do sindicato avaliam que as negociações da categoria com as empresas não avançaram em pontos como reajustes salariais e condições de trabalho. Segundo o site do Sindicato dos Bancários do RN, a decisão foi tomada por duas assembleias históricas que lotaram o auditório do órgão.

A página explica que a categoria está em campanha salarial desde o final de 2017 e que os vigilantes do RN pedem a manutenção das cláusulas existentes no ACT, inflação mais 3% de ganho real, aumento no vale-refeição de R$ 13 para R$ 17 e o pagamento integral do Plano de Saúde pela empresa.

“Os patrões oferecem reajuste de 1,81% tanto no salário quanto no vale-refeição, a devolução de todos os dirigentes sindicais às empresas, suspensão do desconto sindical em folha e ainda pretende implantar todas as mudanças impostas pela Reforma Trabalhista. Isso irá significar um retrocesso sem tamanho, não só para os vigilantes, como para os trabalhadores em geral. Vejamos, a escala de trabalho que hoje é de 12/36 passaria a ser de 12/12, retirada do descanso semanal remunerado, implantação do trabalho intermitente, diminuição do horário de almoço de uma hora para 30 minutos (sendo apenas 15 deles remunerado, fim da hora noturna reduzida (perda de R$ 253), pagamento de feriados (R$ 183), fim do adicional noturno (R$ 53), fim do direito à reciclagem, fim do direito ao colete à prova de balas custeado pelas empresas, fim das homologações pelo sindicato, estas seriam feitas diretamente junto à empresa retirando dos trabalhadores todo poder de contestação das rescisões indevidas”, diz trecho.

O Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp) também emitiu nota sobre o movimento grevista e reforçou que “está à disposição para negociar dentro das regras que regem a nova Legislação Trabalhista, em vigor desde o dia 11 de novembro de 2017”.

Ainda na nota, o sindicato patronal informa que “alário atual da categoria no Rio Grande do Norte é o maior entre os nove estados da Região Nordeste, mesmo com a implantação da nova Legislação Trabalhista. A remuneração de R$ 1.684,77 no RN é a maior do Nordeste, sendo a menor na Paraíba, com valor R$ 1.280,55.”

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