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Postado às 14h15 | 07 Mar 2018 | Da Redação Por 116 votos a 100, professores da Uern decidem manter paralisação

A greve na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte foi iniciada no dia 10 de novembro do ano, reivindicando salários em dias. O Governo do Estado não atendeu o pedido, alegando a crise financeira. O comando de greve está disposto a resistir

Crédito da foto: ADUERN Assembleia foi realizada nesta quarta-feira em Mossoró

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Os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) decidiram, em votação apertada, manter a greve que chega hoje a 118 dias. Em assembleia realizada nesta quarta-feira (7), na sede da Associação dos Docentes (ADUERN), o movimento foi decidido por 116 votos a 100.

Segundo o comando de greve, a decisão da categoria confirma o sentimento de luta e de resistência, uma vez que o Governo do Estado não mostra-se empenhado para solucionar o problema dos salários atrasados.

Além da discussão sobre o movimento grevista, a categoria também avaliou a situação do auxílio saúde e as mudanças propostas pela gestão da universidade para o benefício.

A greve da Uern foi iniciada no dia 10 de novembro de 2017. Os professores apresentaram como única reivindicação a atualização do calendário de pagamento salarial. A categoria vem recebendo em atraso desde janeiro de 2016.

No primeiro momento, a greve ganhou o reforço dos servidores da saúde do RN, que se juntaram em movimento unificado. Em dezembro, os técnicos administrativos resolveram aderir à paralisação.

Em fevereiro, os servidores da saúde decidiram voltar ao trabalho. O sindicato da categoria, o Sindsaúde, entendeu que o governo havia praticamente atualizado os salários, por isso, a principal reivindicação estaria atendida.

Os professores da Uern decidiram diferente. O movimento foi ratificado há 15 dias, quando o comando se reuniu com representantes do governo que não apresentaram proposta, nem deram previsão de quando o estado teria condições de formatar um calendário de pagamento, devido à crise financeira.

Com a decisão de hoje pela continuidade da greve, o Governo do Estado estuda a possibilidade de pedir na Justiça a ilegalidade do movimento.

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