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Postado às 10h15 | 20 Mar 2019 | Redação Secretária de Educação descarta, a princípio, judicializar greve dos professores

Crédito da foto: Arquivo Professores da rede municipal estão em greve

A greve dos professores, iniciada em 5 de março, não será judicializada pela Prefeitura de Mossoró, pelo menos por enquanto. Segundo a secretária municipal de Educação, Magali Delfino, o Município não tem essa pretensão no momento.

A secretária observou, no entanto, “que tudo tem um limite”, e não descartou que esse tipo de medida seja adotado no futuro em caso de prolongamento da paralisação dos docentes. Ela não informou qual o limite estipulado pela Prefeitura. “Foi formada uma comissão para definir essas questões”, argumentou.

Para Magali Delfino, a greve é ilegítima. Ela ressalta que a Prefeitura de Mossoró já reajustou os salários dos professores em 3,75%.

A secretária justificou que o Município resolveu conceder reajuste linear para todos os servidores públicos municipais em razão de o piso dos professores já estar acima das médias estadual e nacional.

Magali Delfino acrescentou que apenas duas unidades escolares estão totalmente paralisadas neste período de greve e que nas demais a suspensão das aulas é parcial.

Ela assegurou aos pais de alunos que haverá reposição das aulas perdidas. “Os pais podem ficar tranquilos que os 200 dias letivos serão cumpridos”, reforçou.

De acordo com estimativa da Prefeitura de Mossoró, a greve alcança cerca de 40% dos professores. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) fala em um percentual maior e que a adesão ao movimento está aumentando.

O Sindiserpum cobra a abertura de diálogo com a Prefeitura de Mossoró para discutir as pautas enviadas desde o ano passado. “Que constavam, dentre outras coisas, o reajuste conforme a determinação do MEC (4,17%), mudanças de classes e de níveis, eleição direta para diretores de escolas e concurso público”, elencou.

Segundo Magali Delfino, o diálogo com a prefeita Rosalba Ciarlini foi suspenso em razão do comportamento da direção do Sindiserpum, “que distorcia as coisas após sair das reuniões”.

A secretária acrescentou que jamais se recusou em receber o sindicato e se colocou à disposição, inclusive dos professores.

O JORNAL DE FATO tentou falar com a presidente do Sindiserpum, Marleide Cunha, mas ela informou que não estava podendo atender a ligação.

Os professores, em assembleia organizada pelo sindicato, decidiram manter a paralisação.

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