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Postado às 11h00 | 15 Mai 2019 | Redação Instituições e centrais sindicais promovem mobilização em defesa da educação

Crédito da foto: Marcos Garcia O grupo seguiu caminhada pela Presidente Dutra até o Centro

Uma mobilização em defesa da educação e contra cortes de 30% anunciados pelo Governo Federal nas instituições de ensino como as Universidades Federais e os Institutos Federais ocorreu na manhã desta quarta-feira, 15, em Mossoró.

O ato público se concentrou em frente a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). Professores, estudantes, representantes de instituições e centrais sindicais participaram do movimento. O grupo seguiu caminhada pela Avenida Francisco Mota (BR 110) e também pela Presidente Dutra até o Centro da cidade.

A paralisação, em resposta aos ataques à educação pública, é uma construção das centrais, federações e demais entidades sindicais que representam a educação em âmbito nacional.

Os atos que acontecem nacionalmente visam chamar a atenção da sociedade para os impactos da Reforma da Previdência na vida dos trabalhadores e trabalhadoras e denunciar o ataque do governo federal as instituições federais de ensino que em função do corte absurdo de 30% nos custeio podem ter o funcionamento inviabilizado.

Cortes vão prejudicar funcionamento

Com 70% dos servidores técnicos administrativos terceirizados, a redução orçamentária na Ufersa poderá causar demissões por falta de recursos, dificultando a continuidade das atividades por ausência de funcionários nos campi. Segundo divulgou a universidade, o bloqueio dos recursos significa “praticamente 4 meses de custeio das instituições”.

Embora tenha divulgado um contingenciamento de 30% no orçamento das instituições, universidades como a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) chegaram a ter um bloqueio superior de seus recursos. Com a redução de 36,5% no orçamento, a Ufersa deixou de ter acesso a mais de R$ 15 milhões.

Em entrevista ao jornal Tribunal do Norte, o pró-reitor de planejamento da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Álvaro Fabiano, contou que o corte de 30% para as universidades e institutos federais, anunciado no final do mês passado pelo ministro da educação, Abraham Weintraub, pode criar um cenário “alarmante”, com o risco de interrupção das atividades de todos os campi, em Mossoró, Pau dos Ferros, Angicos e Caraúbas.

Na Ufersa, o corte será de R$ 12 milhões, dos R$ 50 milhões para custeio. A medida vai afetar áreas consideradas essenciais para o funcionamento dos centros de ensino, como contratos de segurança, água, energia, fornecimento de alimentação e de bolsas de estudo.

Em Mossoró, além da Ufersa, o campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) terá dificuldades durante o segundo semestre de 2019. Com mais de R$ 27 milhões retidos, o instituto enfrenta uma redução de quase 39% dos seus recursos orçamentários.

Com 21 campi em todo o estado do Rio Grande do Norte, incluindo Mossoró, o IFRN vem adotando medidas para a economia de recursos, como a implantação de placas solares para economizar energia elétrica. Contudo, o instituto encontrará dificuldades para manter suas atividades no segundo semestre de 2019 após a redução de mais de R$ 27 milhões em seu orçamento.

O Ministério da Educação bloqueou parte do orçamento para o segundo semestre das universidades e institutos federais. A princípio, o congelamento dos recursos seria apenas para a Universidade de Brasília (UNB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal Fluminense (UFF). O MEC estendeu o bloqueio para todos os institutos e universidades federais.

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