Sexta-Feira, 26 de abril de 2024

Postado às 08h45 | 29 Jul 2018 | Redação Kadu: 'Espero escrever uma belíssima página da história de superação do RN'

Crédito da foto: Cedida Publicitário Kadu Ciarlini é pré-candidato a vice-governador do RN

Kadu Ciarlini é publicitário, tem 33 anos de idade. Nasceu em ambiente político. Filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa e líder político Carlos Augusto e da prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP). A política está no seu DNA.

Agora, tem o seu primeiro grande desafio: disputar as eleições majoritárias deste ano como candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo candidato a governador Carlos Eduardo (PDT).

Indicado por seu partido, o PP, Kadu Ciarlini afirma ter encontrado motivação no momento delicado da política e do Rio Grande do Norte, por entender que pode colaborar com o futuro governo para tirar o Estado da situação em que se encontra.

No “Cafezinho com César Santos”, o pré-candidato a vice-governador fala desse desafio.

 

A POLÍTICA brasileira vive um momento delicado, com o descrédito da maioria, e o senhor decide ser candidato pela primeira vez exatamente no momento de crise. Onde o senhor busca motivação para aceitar esse desafio?

A MINHA motivação é que sou um brasileiro, um norte-rio-grandense que quer ver o meu país, o meu estado, ser transformado. O fato de ser de uma família tradicional de Mossoró não impede que no meu sangue não pulse a indignação por ver um país tão maravilhoso, com tantas potencialidades, ainda ter tanta desigualdade, tanta miséria. O meu sentimento é o de querer ver o desenvolvimento desse potencial que existe em nossa região, em nosso estado, para encontrar um caminho que gere cidadania, oportunidade e dignidade para as pessoas. Eu não tenho medo desse momento de intranquilidade na política, pois tenho convicção da minha boa índole, do meu caráter, das minhas boas intenções da minha capacidade. Os bons brasileiros, os bons potiguares podem e devem fazer parte da política e da vida pública. A política precisa disso. Por isso, eu topo entrar, mesmo em um momento complexo como este em que estamos vivendo.

 

ESSA é a sua primeira campanha eleitoral como candidato, e logo postulante a um cargo de vice-governador do Rio Grande do Norte. Por que uma postulação em chapa majoritária?

MOSSORÓ e a região Oeste, na eleição passada, sofreram perda de representação política. Isso atrapalhou muito o processo de desenvolvimento e de conquistas sociais. O que houve é que desenvolvi um trabalho, desde a luta política de 2016, passando por um assessoramento direto à prefeita Rosalba Ciarlini, que chamou atenção do meio político. Com isso, o pré-candidato Carlos Eduardo me convidou e as pessoas do seu grupo me elegeram como o nome ideal. O convite foi formulado para também prestigiar a cidade de Mossoró com um representante que vai lutar por agilidade nas soluções no que se refere ao Governo em nosso município e, sendo assim, aceitei o desafio. Sei que o fato da minha juventude e por ser a minha primeira candidatura podem suscitar dúvidas. Mas, as pessoas me conhecerão. Verão as minhas entrevistas, as ideias que lancei e já estão em prática, como o projeto Ônibus Inteligente, muito bem aceito. É uma motivação enorme ser o precursor, a pessoa que está levando ao Rio Grande do Norte essas ideias de políticas públicas inteligentes. No Ônibus Inteligente, o usuário sabe a hora da passagem do transporte coletivo, evitando ficar suscetível aguardando na parada com o risco de ser assaltado, pois sabemos que a situação da segurança piorou. Ninguém que eu conheço que ingressou na política estudou e se preparou tanto quanto eu. Por isso me sinto absolutamente confiante nessa contribuição em termos de trabalho para Mossoró, região Oeste e todo o estado. Eu quero olhar para as pessoas no futuro e perceber que, se houve desconfiança inicial, eu vou surpreender positivamente. Essa será a minha grande satisfação.

QUANDO o seu nome foi anunciado como pré-candidato a vice-governador de Carlos Eduardo, logo surgiram críticas por sua juventude e pelo fato de ser a primeira que disputará um cargo eletivo. A sua juventude é sinônimo de inexperiência?

EU TENHO 33 anos de idade. A prefeita Rosalba foi eleita a primeira vez com 35 anos. Todos sabemos que foi uma grande prefeita e que continua fazendo um trabalho digno e reconhecido. Ela conseguiu superar as principais adversidades de um descalabro administrativo herdado da gestão anterior, a exemplo dos salários atrasados. Citaria outros brasileiros que iniciaram jovens a trajetória. Como o pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, que foi prefeito de Fortaleza aos 29 anos e governador do Ceará aos 31. Eu tenho bagagem, estudei, me preparei. Tenho ideias já lançadas em Mossoró para soluções e eficiência no serviço público. Me sinto preparado para essa missão.

 

É POSSÍVEL afirmar que a sua presença na chapa majoritária representará a juventude na campanha? Vai atrair o interesse dos jovens para o processo de escolha do futuro governante?

NÃO só a juventude, mas a região Oeste está representada. Teremos um oestano, um mossoroense, com boas ideias. E não são só boas ideias. Algumas já estão em prática. Desde a criação das propostas de campanha, como as ações de políticas inteligentes em Mossoró, a juventude permite um novo olhar, ideias inovadoras de que o nosso estado precisa para encontrar soluções neste momento. Trago essas ideias modernizadoras das “smartcities” que já têm alcançado resultados maravilhosos em várias cidades pelo país, que trazem benefícios para a gestão, mas, sobretudo, para o cidadão. Preciso frisar da minha afinidade com o pré-candidato Carlos Eduardo, com a equipe do seu plano de Governo. Tenho certeza que as ideias se converterão em trabalho para Mossoró, para a região Oeste. Usarei a garra da juventude, a voz incansável em defesa do nosso estado. Isso se converterá em mais ações, mais policiamento, mais investimento em áreas essenciais. Além da própria parceria administrativa com a prefeita Rosalba, porque a união de forças é fundamental.

O SENHOR, como profissional de marketing político e eleitoral, participou de campanhas vitoriosas no Rio Grande do Norte e em outros estados. De que forma essa experiência pode ser colocada em favor da campanha deste ano?

TER trabalhado com comunicação pública ajuda no estudo da realidade sociológica, dos anseios da população. Como é fundamental ouvir as pessoas. Trabalhar nessa área não desabona ninguém, porque acredito que há um certo preconceito com o profissional de marketing, em função de incompreensões, em imagens que não correspondem à realidade. Foi muito interessante essa minha incursão fora do estado, na vida profissional, para poder ver experiências e trazê-las para a nossa terra. O único ponto negativo é ver alguém que você já trabalhou, daí você nutre aquela esperança de que aquele candidato faça um brilhante trabalho, aí surge alguma decepção. É nessa hora que também pensamos em sair dos bastidores e ir para a linha de frente. Dar uma pausa na minha carreira profissional significa trabalhar pela minha região, pelo meu estado. Tenho convicção que essa foi uma decisão correta.

 

O FATO de ser filho da prefeita de Mossoró, o segundo maior colégio eleitoral do estado, aumenta a responsabilidade de sua postulação. Passa ser obrigação vencer na cidade, pois estará em julgamento a gestão Rosalba Ciarlini. Como o senhor vê esse desafio?

TEMOS uma gestão que iniciou com grandes desafios. Primeiro, tínhamos servidores com dois meses de salários atrasados. A prefeita conseguiu definir um calendário de pagamento e honrar a folha de pagamento em dia, muitas vezes até antecipando. O mossoroense reconhece esse trabalho. Temos uma gestão com maioria de aprovação, mesmo em um cenário de dificuldades vivido pela maioria dos municípios brasileiros. Tenho consciência da responsabilidade que é ser o nome da prefeita Rosalba, mas sabemos que há um trabalho sendo feito. Mas, o que vai ser julgado é se Mossoró quer ter um vice-governador da terra, que vai ser um elo maior tanto para a cidade como para a região, além das nossas ideias, os nossos caminhos, para solucionar os mais graves desafios do estado. Isso é o que vai ser levado em conta pelo eleitor. Não apenas a gestão. Não estamos em uma eleição municipal, mas em uma eleição estadual.

 

O SENHOR já antecipou que pretende, com a sua postulação a vice-governador, colocar em debate projetos que o senhor julga importantes para resgatar o Rio Grande do Norte. O senhor pode antecipar alguns pontos do que será defendido na campanha?

UM PONTO basilar dessa minha postulação é de que precisamos fazer um esforço hercúleo para utilizar bem os recursos do RN Sustentável, adquiridos pela prefeita Rosalba enquanto esteve no Governo do Estado. É inacreditável que estamos há quase 4 anos com esses recursos disponíveis e que não se utilizou adequadamente. Esses recursos poderiam dar um grande salto no desenvolvimento, transformando Mossoró e a região Oeste em um canteiro de obras. Então, agora precisamos de gente capaz e de vontade política. Gente com bons projetos, para que o Banco Mundial se sinta seguro nos investimentos que faz no Rio Grande do Norte. Várias das minhas ideias passam pelo reequilíbrio fiscal do Estado. É nítido que as despesas precisam caber dentro da receita. Em vários estados, com a utilização de inovação, a exemplo de um projeto intitulado em algumas regiões de “Nota Legal”, que faz que o cidadão tenha interesse em receber a nota fiscal em troca de descontos ou outros impostos para registro no CPF. Isso pode aumentar a arrecadação sem necessariamente aumentar tributos. O caminho é o da modernização administrativa. Essa política engessada, principalmente praticada nos últimos três anos, não trouxe resultados.

O GOVERNADOR Robinson Faria tentou o apoio do seu grupo político, mas a decisão foi pela candidatura de Carlos Eduardo. O que pesou para o senhor e o seu grupo fazer a escolha?

O FATO de que enxergamos que Carlos Eduardo é o melhor para o Rio Grande do Norte, por ser um gestor comprovadamente eficiente, tendo sido aprovado em Natal por quatro vezes. Isso estamos falando de uma cidade complexa, a maior do estado. Além disso, Carlos Eduardo enfrentou situações de crise e recolocou a cidade no rumo certo. O Rio Grande Norte precisa de um grande gestor e ele é essa pessoa.

 

EM POST nas redes sociais, o senhor disse que o RN está agudizando pela péssima gestão do atual governador e que é preciso um novo rumo completamente diferente. Que rumo é esse?

OS PROBLEMAS do Rio Grande do Norte se agravaram, isso é nítido, é sentido, mostra que as coisas não foram feitas da forma ideal. O caminho para o Rio Grande do Norte resgatar o seu potencial, temos aí os recursos do RN Sustentável, que um grande montante sequer foi utilizado. Isso mostra que o nosso estado precisa mudar. Não esperem de mim radicalismo, agressividade. Disse em discurso que gostaria hoje de dizer que havia uma boa administração, mas isso não está ocorrendo. Por isso, a nossa opção é pelo bom gestor chamado Carlos Eduardo. Espero escrever, ao lado dele, uma belíssima página de superação na história do Rio Grande do Norte.

Tags:

Kadu Ciarlini
entrevista
Cafezinho
César Santos
vice-governador
pré-candidato
eleições 2018

voltar