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Postado às 09h10 | 25 Mai 2017 | Edinaldo Moreno Sistema íšnico de Saúde passa a distribuir pí­lula anti-HIV

No primeiro ano, o tratamento estará disponí­vel para 7.000 pessoas

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O Ministério da Saúde anunciou na última quarta-feira, 24, a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) de tratamento que previne a infecção pelo HIV. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta quarta-feira (24), durante sua participação na Assembleia Mundial de Saúde realizada em Genebra (Suíça).
 
Segundo o órgão, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) passará a ser distribuída no SUS em até 180 dias após a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), prevista para a próxima segunda-feira (29). 
 
O tratamento consiste na administração diária do antirretroviral Truvada, que é uma combinação de outros dois medicamentos (tenofovir e emtricitabina), em pessoas não infectadas pelo HIV que mantêm relações de risco.
 
No primeiro ano, o tratamento estará disponível para 7.000 pessoas, número que foi tido como insuficiente por especialistas durante discussão sobre o assunto na Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias), que recomendou a terapia. O cálculo de 7.000 só atingiria 3,8% dos homens gays e bis –trans, travestis e heterossexuais não entrariam nesse cálculo.
 
Com a nova medida, o Brasil se torna o primeiro país da América Latina a utilizar essa estratégia de prevenção como política de saúde pública.
 
De acordo último boletim do Ministério da Saúde, 827 mil pessoas vivem com HIV/aids no país atualmente. Desse total, 372 ainda não estão em tratamento, sendo que 260 já sabem que estão infectadas e 112 mil pessoas não sabem que têm o vírus.
 
A aids no Brasil é considerada estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil casos novos ao ano. Desde o surgimento da aids, o país vem tomando posição de vanguarda na oferta de tratamento e assistência às pessoas que vivem com HIV/aids, no âmbito do SUS. O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a oferecer o acesso ao tratamento de forma integral e universal desde meados dos anos 1990.

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