Por CNN Brasil
A primeira audiência na Justiça do caso Henry Borel Medeiros, menino que chegou morto ao hospital em março deste ano, no Rio de Janeiro, teve o depoimento de dez testemunhas de acusação. A abertura da fase preliminar do julgamento durou mais de 14 horas e terminou já no início da madrugada desta quinta-feira (7). A sessão aconteceu no II Tribunal do Júri, no Fórum da capital carioca.
A mãe do menino Henry, a professora Monique Medeiros, acompanhou os depoimentos presencialmente. Já o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, assistiu à sessão de forma remota, de dentro do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. Os dois estão presos desde 8 de abril e são acusados de homicídio triplamente qualificado e tortura.
Depoimento da babá
A babá de Henry, Thayná Oliveira Ferreira, peça-chave na apuração dos fatos, apresentou uma nova versão durante a audiência. Ela foi a última testemunha a prestar depoimento. Antes de começar a falar, a funcionária solicitou à juíza Elizabeth Machado Louro que Monique Medeiros se retirasse da sala.
Thayná, que trabalhou como cuidadora de Henry por cerca de um mês, alegou que se sentiu usada por Monique. Ela afirmou que a professora teria feito com que ela acreditasse nas acusações contra Jairinho. Além disso, a babá afirmou que nunca presenciou cenas de violência do ex-vereador à criança. “Eu não falei em nenhum momento de agressão, porque eu não vi nenhuma agressão”, destacou.
Essa é a terceira versão dos fatos que ela relata às autoridades. A profissional responde por falso testemunho em um inquérito na 16ª Delegacia, na Barra da Tijuca. Após a morte de Henry, ela relatou à polícia uma família tranquila e feliz. Já após a prisão do casal, Thayná apresentou indícios de que Henry teria sido vítima de violência por Jairinho em mais de uma ocasião.
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