Quinta-Feira, 13 de março de 2025

Postado às 14h45 | 30 Ago 2017 | Barros teria recebido dinheiro para soltar preso da Pecado Capital

Crédito da foto: Reprodução/InterTV Policiais federais no escritório do desembargador aposentados Francisco Barros Dias

O Ministério Público Federal (MPF/RN) e a Polícia Federal apresentaram detalhes da operação Alcméon, que levou à prisão do desembargador federal aposentado Francisco Barros Dias, na manhã desta quarta-feira (30). Em coletiva à imprensa, a força-tarefa revelou que o acusado cometeu crimes de exploração de prestígio em vários processos em tramitação no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com sede em Recife (PE).

De acordo com os investigadores, Francisco Barros teria cometido crimes durante o exercício do cargo e após se aposentar, usando a sua proximidade com desembargadores e juízes federais.

A peça acusatória revela que os valores decorrentes dessa atividade teria sido recebidos de forma oculta e disfarçada por meio de sua empresa de cursos jurídicos, a Latosensu Ecola Jurídica Erieli, por meio de sua esposa Noara Renea Vieira de Alencar e também através de pagamentos em espécie, sem identificação de origem.

A Polícia Federal disse que em um dos casos o desembargador aposentado teria recebido a quantia de 350 mil reais pela prestação de seus serviços, garantindo êxito ao “cliente”. O caso em questão refere-se a dois processos contra Acácio Alan Fernandes Forte, investigado pela Operação Pecado Capital. Alan teria se reunido com o próprio Francisco Barros para negociar duas condenações de primeiro grau e que aguardavam julgamento no TRF da 5ª Região.

Outro caso, segundo as investigações, aponta que Francisco Barros teria recebido em 2012, no estacionamento do próprio tribunal, a quantia de R$ 150 mil para votar a favor de Rychardson de Macêdo, um dos condenados na Operação Pecado Capital que apurou irregularidades no Instituto de Pesos e Medidas do RN (IPEM).

As acusações também envolvem o desembargador já falecido Paulo Gadelha que teria recebido R$ 100 mil para liberar Rychardson no mesmo caso.

Francisco Barros foi preso preventivamente. Ele está detido no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, no bairro Tirol, em Natal.

A defesa do de Barros afirmou que não vai se pronunciar até ter acesso à denúncia.

LEIA MAIS

Desembargador federal aposentado Francisco Barros é preso na operação Alcmeón

Francisco Barros foi emporessa recentemente na Academia de Letras Jurídicas

Tags:

Francisco Barros
desembargador
Operação Alcmeón
Operação Pecado Capital
prisão

voltar

AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

COTAÇÃO