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Postado às 15h45 | 11 Jun 2021 | Polo cloroquímico de 2,5 bilhões de dólares é para Mossoró ou Guamaré?

Crédito da foto: PMM Então prefeito de Guamaré em 2020, Adriano Diógenes, e o CEO Joaquim Franco assinam protocolo

O projeto de um polo cloroquímico em Mossoró, anunciada pela TFB & Energy e pelo prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), chama a atenção pelo alto volume do investimento: 2,5 bilhões de dólares, algo em torno de 13 bilhões de reais (cotação do dia).

O CEO Joaquim Franco e o prefeito Allyson assinaram protocolo de intenção na quarta-feira, 9, com relises e fotos distribuídas pela comunicação oficial do município, devidamente repercutidas pelos veículos de imprensa da cidade e do RN, dada a importância da matéria (LEIA AQUI).

Como trata-se do maior investimento da história de Mossoró em um só negócio, o bom jornalismo ensina que é preciso averiguar cada detalhe para deixar o cidadão bem informado. Foi isso que fez o blog do César Santos. E, na primeira pesquisa, usando a ferramenta google, um impacto: TFB & Energy assinou o mesmo protocolo de intenção com o município de Guamaré, com as mesmas vantagens prometidas em Mossoró: 2,5 bilhões de dólares de investimentos, a criação de 2,5 empregos diretos e 7 mil indiretos, sem alterar vírgulas ou pontos.

No site do jornal Tribuna do Norte, o blog do Heitor Gregório noticiou no dia 4 de setembro de 2020 a promessa feita pela empresa ao município Guamaré, com o título: “Guamaré assina protocolo de intenções com a TFB Energy para implantação do Polo Petroquímico”.

Leia a matéria na íntegra:

“Um dia histórico para o município de Guamaré. Nesta quinta-feira, 03, foi assinado o protocolo de intenções entre o município e a empresa TFB Energy para implantação do Polo Cloroquímico Petroquímico. O investimento é de dois bilhões e quinhentos milhões de dólares.

Uma vez implantado, o Polo Petroquímico produzirá a partir de matérias primas como o sal marinho, gás industrial, carbonato de cálcio e outros, resina de PVC, ácidos diversos, soda cáustica, entre outros produtos relativos a essa cadeia produtiva. O projeto foi apresentado na reunião que contou com representantes do Banco Safra pelo economista Carlos Alberto Duarte.

2.500 empregos na região

A TFB Energy apresentará ao município, o cronograma físico – financeiro do investimento, assim como os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, acompanhado dos projetos. Na fase de implantação, o empreendimento vai gerar 2.500 empregos diretos e 7 mil empregos indiretos.

Incentivos

Pelo protocolo assinado pelo prefeito Adriano Diógenes e o Diretor Executivo (CEO) representante da TFB ENERGY, Joaquim Franco Júnior, o município de Guamaré vai conceder a empresa os incentivos fiscais de sua competência. O cronograma físico-financeiro do empreendimento deve ser apresentado em até 120 dias.”

Observe que os detalhes da matéria da TFB Energy em Guamaré, de setembro do ano passado, são praticamente as mesmas prometidas em Mossoró, com destaques para três pontos:

1 – Investimento de 2,5 bilhões de dólares;

2 – Criação de 2,5 mil empregos diretos e 7 mil indiretos;

3 – Prazo de 120 dias para apresentar o cronograma físico-financeiro do empreendimento.

Prefeito Allyson Bezerra e o CEO Joaquim Franco exibem protocolo de intenção na quarta-feira, 9 de junho de 2021

MOSSORÓ OU GUAMARÉ?

O blog do César Santos não está duvidando ou sendo pessimista com a promessa feita pela TFB Energy, mas uma pergunta parece pertinente e exige resposta urgente e verdadeira: o polo cloroquímico será instalado em Mossoró ou Guamaré?

O CEO Joaquim Franco precisa voltar ao município para esclarecer melhor o assunto. Ou pode autorizar o economista Carlos Duarte, que é de Mossoró e faz parte do audacioso projeto, para apresentar as devidas explicações.

Carlos Duarte já atuou na imprensa mossoroense com o extinto impresso “Página Certa” e um blog, e nos últimos anos havia sumido do noticiário local.

Pois bem.

Mossoró tem o direito de receber todas as informações; o prefeito Allyson e os representante da TFB Energy têm a obrigações apresentar os esclarecimentos. O que não pode é o silêncio.

Vamos aguardar.  

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AUTOR

César Santos é jornalista desde 1982. Nasceu em Janduís (RN), em 1964. Trabalhou nas rádios AM Difusora e Libertadora (repórter esportivo e de economia), jornais O Mossoroense (editor de política no final dos anos 1980) e Gazeta do Oeste (editor-chefe e diretor de redação entre os anos 1991 e 2000) e Jornal de Fato (apartir dos anos 2000), além de comentarista da Rádio FM Santa Clara - 105,1 (de 2003 a 2011). É fundador e diretor presidente da Santos Editora de Jornais Ltda., do Jornal de Fato, Revista Contexto e do portal www.defato.com.

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