Edinaldo Moreno/Da Redação
Levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) apontou que entre 2016 e 2022 as empresas do Rio Grande do Norte venderam R$ 1.027.791.793,13 pelo e-commerce.
O Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal. A ferramenta foi lançada na última quinta-feira (11) pelo MDIC.
Neste período, o ano com o maior volume de vendas registradas em empresas no território potiguar foi em 2021. O montante chegou a R$ 355 milhões. Em 2022 as vendas somaram pouco mais de R$ 308 milhões. Em 2020, o número foi R$ 213 milhões. Nos demais anos pesquisados o montante ficou abaixo de R$ 100 milhões.
De acordo com a pasta federal, no caso do RN, os dados revelam que 71,6% das vendas se deram dentro do próprio estado. Os principais produtos vendidos foram aparelhos celulares, televisores e desktops.
No mesmo período, os potiguares fizeram compras online de outros estados R? 6,29 bilhões (especialmente de São Paulo, Paraíba e Pernambuco), com destaques para aparelhos celulares, televisores e desktops.
O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.
“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital”, afirma Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. “O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, inclusive para equalizar eventuais concentrações regionais, podendo, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, completa.
CONSUMIDOR
O servidor público Wesley Duarte tem hábito de realizar compras pela internet. Ele destaca que uma das vantagens do e-commerce é justamente a comodidade de do consumidor tem de fazer o procedimento sem sair de casa.
“Uma das vantagens de comprar pela internet é justamente a comodidade que encontramos através de um dispositivo móvel, como por exemplo, celular e tablet, e também do computador. É extremamente viável fazer a compra no conforto de sua casa”, destacou o mossoroense.
Wesley Duarte ressalta que realiza sempre pesquisa em sites confiáveis para efetuar qualquer compra pela internet. “A segurança é um dos itens que eu opto. Eu acesso os sites mais seguros, que inclusive tem registro no Reclame Aqui, órgão de proteção do consumidor. É nele que eu pesquiso. Eu entro neste site e verifico primeiro o CNPJ, se o site tem informado seu endereço físico da loja, se dispõe de todas as informações que eu necessito para efetuar a compra do produto desejado.
“Vejo também nesse site a avaliação dos consumidores. Eu destaco esse ponto porque é de fundamental importância ter esse parâmetro de outros consumidores sobre a avaliação da empresa que presta esse comércio eletrônico. Isso tudo pode ser verificado na aba dos sites”, acrescentou.
O servidor público salienta que o varejo eletrônico é um dos que mais chama sua atenção por conta justamente da diversidade de produtos que o consumidor encontra na internet.
“Eu costumo aproveitar as datas comemorativas, como por exemplo, Dia das Mães, que será comemorado no próximo domingo, Black Friday, que é um período também que as lojas oferecem um grande desconto em mercadorias, e com certeza as festas de fim de ano, como Natal e Reveillon, onde muitas pessoas acabam presenteando amigos e parentes”, destacou Wesley.
Em sete anos, vendas no país ultrapassaram marca de R$ 600 bilhões
Neste intervalo de sete anos, o valor total bruto movimentado no país foi de R$ 628 bilhões, segundo destacou a nova ferramenta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Os dados do Dashboard referem-se às movimentações realizadas entre 2016 e 2022.
As vendas online tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid 19 -- e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$ 36 bilhões em 2016 para R$ 187 bilhões em 2022.
No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$ 72,1 bilhões, ou 11,5% do total.
Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$ 28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$ 21 bilhões em vendas. Depois vêm geladeiras ou freezers, R$ 17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R? 16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$ 10,8 bilhões (1,7%).
A lista completa abrange milhares de produtos -- de calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.
VENDAS NO COMÉRCIO ELETRÔNICO ENTRE 2016 E 2022
2022 – R$ 308.861.086,35
2021 – R$ 355.513.194,00
2020 – R$ 213.747.729,00
2019 – R$ 83.731.738,74
2018 – R$ 44.855.534,49
2017 – R$ 13.441.239,63
2016 – R$ 7.641.270,92
TOTAL – R$ 1.027.791.793,13
FONTE: MDIC
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