Rio – O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, afirmou que o próximo técnico da seleção brasileira tem que ser “um treinador de respeito”, e que imponha um estilo de jogo "bem ofensivo".
O dirigente disse, mais uma vez, que o sucessor de Tite, que nesta terça-feira, 17, desligou-se oficialmente da CBF, pode ser estrangeiro ou brasileiro. Mas o novo diretor de seleções, afirmou Ednaldo, vai ser brasileiro. Ele vai demitir Juninho Paulista quando ele retornar de férias.
“Queremos que seja um treinador de respeito e que possa dar um padrão de jogo, que seja condizente com os atletas. Fazer o que o Brasil sempre procurou fazer, que seja bem ofensivo. É o que pensa o presidente. Que possa trabalhar com todo o suporte que nós sempre demos. Vamos dar tudo o que for necessário para um excelente trabalho. A gente quer que seja dedicado, quer muito comprometimento e que possa principalmente não só estar com os olhos voltados para a seleção principal, mas com a seleção olímpica, sub-20, sub-17, que tem muitos craques com potencial atleta para o futuro”, afirmou Ednaldo Rodrigues.
O dirigente também não fixou um prazo para contratar o novo técnico, mas deixou claro que será antes da data Fifa de março, que provavelmente será reservada para dois amistosos. As Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 devem começar em junho.
Idealmente, porém, Ednaldo quer um novo treinador e nova estrutura para a seleção brasileira até o fim do mês de janeiro. O presidente da CBF não descarta, porém afasta a possibilidade de ter nome interino para a primeira data Fifa do ano de 2023.
“Pode até ser que aconteça isso (interino no primeiro momento). Mas quero até março ter um nome definitivo. Não um provisório para ter que substituir. Será que define até 31 de janeiro? Pode ser que tenhamos. Estamos começando o trabalho a partir de agora. Mas pode ser que não tenha. E, se não tiver, não está atrasado”, disse o presidente da CBF.
Esta foi a primeira vez desde a eliminação do Brasil na Copa do Mundo, no dia 9 de dezembro do ano passado, que o dirigente falou abertamente sobre a sucessão de Tite. O treinador já viajou para o Catar sabendo que não continuaria no cargo, independentemente do resultado da seleção brasileira no Mundial. Ele próprio anunciou a decisão e afastou possibilidade de mudar de ideia.
Numa entrevista na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o presidente da CBF afirmou mais de uma vez que não procurou nenhum profissional e que não autorizou ninguém a fazê-lo.
“A busca vai começar agora, só depois de formalizada a saída de Tite. Até o final do ano passado eu acho que eu ouvi serem citados 26 nomes. Alguns daqueles nomes que vocês (jornalistas) colocaram ali, vamos trabalhar em cima deles”,
Questionado pela maneira mais específica sobre os critérios que o futuro técnico teria que preencher para ocupar este cargo, Ednaldo Rodrigues respondeu:
“Sempre que o Brasil conquistou a Copa do Mundo, foi jogando de maneira ofensiva. O futebol muito, e a condição tática é muito cobrada. A gente sabe que quando conseguir empatar com a questão tática dos europeus, o Brasil sempre será vencedor por causa de talentos, de individualidades”, disse ele, que deve ir até a Europa nas próximas semanas para definir o sucessor de Tite.
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