Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Postado às 09h00 | 21 Dez 2023 | redação ‘Sonho de criança’ resgata carreira do atacante Talisson, do Potiguar

Crédito da foto: Reprodução Talisson revelou sua história durante o “Poticast”, no Youtube

Por Marcos Santos / Repórter do Jornal de Fato

Contratado como reforço do Potiguar para 2024, o atacante Talisson, 29 anos, tem uma história inusitada. O atleta se desiludiu da carreira, foi trabalhar como vigia de uma escola no Pará, mas depois volta a jogar futebol, erguido pelo sonho de criança após “renascer” no Vila Rica/PA.

Isso aconteceu no início de 2021, quando Talisson decidiu parar após defender alguns clubes do Rio de Janeiro e também do Pará.

“O futebol não é fácil. Tem lugares que a gente vai e acaba se deparando com parte financeira não sendo muito boa, então a gente tem que procurar outras coisas”, contou ele, durante entrevista ao canal do Potiguar no Youtube. 

“Foi quando visitei Belém do Pará, gostei da cidade e acabei ficando. Fui atrás de emprego, porque as propostas que apareciam (no futebol) não me agradavam. Acabei trabalhando primeiramente numa faculdade de lá, enquanto fazia um curso de vigilante para trabalhar em uma escola; com isso, decidi largar o futebol. Já estava com outros pensamentos, focado no meu emprego (vigilante), com projeto de fazer uma faculdade, seguir em outro ramo”, completou.

O atacante trabalhou por meses nessa escola, mas um convite de um clube da segunda divisão do Parazão, o Vila Rica, foi a virada de chave para Talisson voltar aos gramados e acreditar na carreira.

“Só que o sonho de criança falou mais alto. Foi quando recebi uma proposta do Vila Rica, clube de lá mesmo, conheci o presidente, o preparador físico que depois virou treinador, e a gente deu trabalho lá. Fiz uma boa competição, fui o artilheiro sem treinar, o que causou muita repercussão”, lembrou ele.

“Saíam as matérias: ‘o vigilante-artilheiro’, então as portas se abriram, recebi várias propostas, e fui para o Tuna Luso”.

O atleta admitiu que chegou a conciliar o emprego de vigia com o futebol profissional, mas não demorou e ele teve que renunciar ao trabalho noturno.

“Recebia (pagamento) em dois cantos diferentes (risos), mas pouco tempo depois eu larguei o emprego de vigia. Já não aguentava mais. Tinha dia que chegava para treinar com o meu olho vermelhão, não conseguia dormir à noite toda. Tive que renunciar para viver somente do futebol”, contou ele.

“Desde então, não fiquei mais desempregado e todo ano consigo me empregar em bons times, como é o caso agora no Potiguar”.

O Potiguar é o primeiro clube de Talisson no Nordeste. Antes e depois do hiato na carreira, ele basicamente defendeu clubes do Rio de Janeiro e do Pará.

“As informações que recebi dos amigos que jogaram aqui são boas, então é uma porta que se abre, um cenário novo para mim. Antes, só joguei no Rio de Janeiro e no Pará. Acredito que aqui é uma boa vitrine, as competições que iremos participar podem ser muito importantes para o clube e também para a nossa carreira”, comentou.

“Eu vim pelo planejamento, pelo projeto, pelo desafio. É um mercado novo para mim e espero aproveitar da melhor forma”.

 

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