Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Postado às 12h30 | 17 Fev 2024 | redação Membros da comissão técnica de Vítor Pereira cobram R$ 3 milhões do Corinthians

Crédito da foto: Helena Salgueiro/Ag. Corinthians Vítor Pereira e comissão técnica na arena do Corinthians

Por João Pedro Brandão — São Paulo

Após Vítor Pereira entrar com um processo trabalhista contra o Corinthians cobrando cerca de R$ 7,5 milhões, cinco membros da comissão técnica do treinador português também ingressaram com ações trabalhistas reivindicando verbas referentes a FGTS, 13º proporcional e férias.

Somados os cinco processos, os auxiliares cobram pouco mais de R$ 3 milhões do Timão.

As reclamações trabalhistas foram protocoladas e tramitam no Tribunal Regional do Trabalho 2, em São Paulo. Todos deixaram o Corinthians no fim de 2022 junto com Vítor Pereira, que alegou questões familiares para não renovar o contrato com a equipe. Logo depois, fechou com o Flamengo.

Os reclamantes são: Antonio Alexandre Moreira Ribeiro de Ascensão, preparador físico; Bruno Filipe Araujo de Moura, analista de desempenho; Luís Nuno Antunes Nedio, analista de desempenho; Luís Miguel Moreira da Silva, auxiliar técnico e Filipe Jorge Monteiro Almeira, auxiliar técnico.

Assim como o ex-treinador do Timão, todos são portugueses.

Segundo declarado nos processos, a comissão técnica de Vítor Pereira recebia perto de R$ 810 mil, que somados aos R$ 2 milhões mensais do treinador, totalizava mais de R$2,8 milhões por mês.

O contrato de todos os membros foram firmados com o Timão na mesma data que o do treinador, em 2 de março de 2022, e vigorou até dezembro do mesmo ano.

Assim, como no caso de VP, para além dos valores estabelecidos como vencimentos mensais, havia um valor mínimo global do contrato estipulado em euros.

A despeito disso, os processos na Justiça do Trabalho brasileira não têm a intenção de cobrar valores referentes à diferença deste mínimo disposto em contrato, mas verbas referentes a disposições previstas na legislação brasileira que visam proteger o empregado, como por exemplo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Nos processos, os advogados dos auxiliares de Vítor Pereira alegam a impossibilidade de os valores referentes ao FGTS já estarem englobados no contrato e o que estava previsto no instrumento era apenas as horas extras referentes a jogos e viagens.

Em alguns casos, o Corinthians chegou a depositar parte dos valores que seriam devidos para os portugueses a título de verbas rescisórias, mas ainda longe do valor total por eles reclamado.

Dessa forma, os pedidos feitos pelos auxiliares são referentes à diferença do FGTS, férias proporcionais, 13º salário proporcional e multas previstas na CLT que todos alegam fazer jus.

Veja os salários de cada auxiliar:

Filipe Jorge: R$ 225.500,00 mensais e mínimo líquido total de 320 mil euros.

Bruno Filipe: R$ 157.900,00 mensais e mínimo líquido total de 224 mil euros.

Antonio Alexandre: R$ 129.700,00 mensais e mínimo líquido total de 184 mil euros.

Luís Miguel: R$ 197.300,00 mensais e mínimo líquido total de 280 mil euros.

Luís Nuno: R$ 101.500,00 mensais e mínimo líquido total de 144 mil euros.

Veja os valores pedidos por cada membro da comissão na justiça:

Filipe Jorge: R$ 822.223,11

Bruno Filipe: R$ 591.247,77

Antonio Alexandre: R$ 514.476,67

Luís Miguel: R$ 719.399,65

Luís Nuno: R$ 370.091,56

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