Tralhas da marquise seguem sendo retiradas por uma empresa contratada da Prefeitura
Marcos Santos – Repórter do Jornal de Fato
Quando a cidade de Mossoró voltará a ter futebol? A pergunta feita constantemente pelo desportiva local não tem resposta e nem previsão.
A praça que sediava os jogos, o estádio municipal Leonardo Nogueira, está interditada pela Justiça e, ainda assim, a marquise do campo desabou três dias depois da interdição, um sábado, 10, após forte chuva.
A interdição é porque a gestora do estádio, a Prefeitura de Mossoró, não realizou as obras de acessibilidade, descumprindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que previa dois anos para execução do serviço, expirado no fim de 2023.
Até a tarde desta segunda-feira, 19, a Prefeitura não emitiu nenhuma nota sobre a situação, preferindo o silêncio, causando um cenário de angústia e preocupação, sobretudo aos dirigentes/clubes locais.
Num passado recente, o prefeito Allyson Bezerra anunciou uma permuta do estádio em Parceria Público-Privada, afirmando que o tema estava em estágio avançado, sem, no entanto, revelar os detalhes. Prometeu apenas deixar os clubes a par da situação.
Tal permuta seria a cessão do terreno onde está situado o Nogueirão, no bairro Nova Betânia, para a classe privada que, em contrapartida, construiria um novo estádio em outro endereço na cidade.
O fato é que, a interdição do Nogueirão pegou a todos de surpresa e permitiu grande preocupação aos clubes em meio à disputa do Campeonato Estadual, como revelou o dirigente do Baraúnas, Lima Neto. Ele esperava o fechamento temporário do estádio posteriormente, tendo em vista o possível processo de permuta.
“A gente esperava que isso iria acontecer, mas não agora”, lamentou Lima por consequência da visita do presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, na última sexta-feira, 16.
“De todos o maior prejudicado é o Potiguar, que terá jogos pela Série D pela frente. Se a situação já era complicada, imagina agora. Teremos de refazer o planejamento, readequar a realidade”, também lamentou o presidente do Potiguar, Alexandre Tavares.
Sem Nogueirão, os times terão de mandar seus jogos no segundo turno do Estadual na cidade de Assú, como revelou o presidente da FNF, José Vanildo. Os jogos do Potiguar na Série D do Brasileiro também deverão ocorrer na vizinha cidade assuense.
RETIRADA
Na tarde desta segunda, 19, as tralhas da marquise ainda estavam sendo retiradas por uma empresa contratada da Prefeitura. A conclusão está prevista para esta terça-feira, 20. A estrutura desabou no sábado de Carnaval, 10, causando tensão e medo aos moradores da rua Dedé Chatim, em frente ao estádio.
Tags:
