Por Mrarcos Santos / Repórter do JORNAL DE FATO
A interdição do estádio municipal Leonardo Nogueira irá resultar em sérios prejuízos ao Potiguar. Além do restante de jogos a cumprir pelo Campeonato Estadual, o alvirrubro terá na sequência da temporada a Série D do Brasileiro e também os campeonatos da base promovidos pela Federação estadual de futebol.
Com o Nogueirão impossibilitado, os jogos serão realizados em outra cidade, provavelmente na vizinha Assú, acarretando em gastos para deslocamento e aluguel do campo. Assim, a diretoria do Potiguar precisará refazer o planejamento.
A situação preocupa o vice-presidente do clube, Djalma Freire Júnior. Ele se mostra descrente de que Mossoró possa voltar a ter futebol nos próximos anos.
“Sinceramente, não acredito que durante os próximos anos possamos ter futebol em Mossoró. O Nogueirão está difícil de se fazer alguma coisa, eu não tenho esperança. A expectativa é que as melhorias necessárias, um novo estádio, passe um longo período para que se resolva, e até lá a gente vai ter que buscar meios para fazer o futebol”, disse ele.
Diante do cenário obscuro e preocupante, o dirigente alvirrubro espera que o Poder Executivo local seja sensível ao problema.
“A gente aguarda também que a Prefeitura entenda dessa forma, porque vai existir um valor de custo, uma despesa considerável, e que a Prefeitura no mínimo seja sensível a isso, refaça as contas e que possa contribuir pelo bem do futebol de Mossoró”, comentou.
Uma reunião entre os representantes de clubes, Potiguar e Baraúnas, com o prefeito Allyson Bezerra deverá ocorrer em breve. Djalma Júnior afirmou que a conduta do Potiguar será de cobrança ao chefe do Executivo local.
“Se a gente tem que fazer um novo planejamento, isso também passa por uma nova discussão junto à Prefeitura diante de valores, algumas condições, antecipação de parcelas. Isso vai ser discutido, será perguntado ao prefeito, para que a gente tenha condição de sobrevivência do nosso futebol nos próximos anos. A gente representa uma cidade, uma torcida, e consequentemente, teremos de buscar as alternativas”, ressaltou.
Sobre os prejuízos, Djalma disse que “o clube está fazendo uma avaliação, mas com certeza o custo aumentará de forma considerável”.
“E não se resume a isso, a gente tem o Sócio-Torcedor que precisamos ver como será conduzido junto ao torcedor que adquiriu o plano lá atrás; é um ponto que será considerado. Também a questão técnica, os jogos em Assú se não tiverem uma presença maciça da torcida serão em campo neutro, pois a questão da distância, estrada, pode dificultar o deslocamento do torcedor”, elencou.
“Também as competições de base que se avizinham, vamos ter o sub-15, sub-17 e posteriormente o sub-20, existe uma conta, uma despesa, e quem vai entrar com essa contrapartida? Está sendo muito difícil porque a nossa praça, que já estava capenga teve a última gota d´água (Interdição e depois queda da marquise)”.
NOGUEIRÃO INTERDITADO
O estádio está interditado desde o dia 7 por decisão da Justiça devido ao descumprimento da Prefeitura por não realizar as obras de acessibilidade. A prefeitura assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para efetuar o serviço em dois anos, mas não o fez. Três dias depois após a interdição, a marquise do Nogueirão desabou após forte chuva.
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