Domingo, 27 de abril de 2025

Postado às 10h30 | 24 Abr 2025 | redação Fortaleza abusa das chances perdidas, paga caro no fim e segue sem vencer na Liberta

Crédito da foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC Deyverson em Atlético Bucaramanga x Fortaleza

Por Juscelino Filho — Fortaleza, CE

O futebol às vezes cobra muito caro. E no duelo que começou num dia e terminou no outro, o Fortaleza foi cobrado. Contra o Atlético Bucaramanga, pela Libertadores, o Laion fazia um jogo simples, correto, vencendo até os 43 do segundo tempo. Empilhou chances para marcar o segundo, o terceiro, mas desperdiçou. Levou o empate (também de pênalti) no fim e, por muito pouco, não levou a virada nos acréscimos. No fim, 1 a 1 no placar. A primeira vitória na Liberta insiste em não chegar. O futebol aquém, no entanto, segue marcando presença.

Primeiro tempo

O Fortaleza começou o jogo marcando com linhas mais altas, mas não conseguiu coordenar as jogadas de contra-ataque. Contra um time que joga mais aberto, era importante ocupar o meio-campo e o Laion tentou fazer isso. A bola passava o tempo inteiro pelos pés de Calebe, mas faltava precisão no passe para ligar o meio com o ataque.

Até que a bola foi lançada para Deyverson, que caiu pedindo pênalti e a jogada deu sequência. Allanzinho ficou com a sobra e quase marcou um golaço, mas o VAR entrou em ação. No lance de Deyverson, o defensor colombiano acabou tocando o pé do atacante. O árbitro decidiu pelo pênalti. O próprio Deyverson cobrou, o goleiro defendeu, mas no rebote, gol do Laion.

O resultado fez um pouco mais de justiça ao que produzia o Tricolor, melhor no jogo, mas sem conseguir ser eficiente. O pênalti, inclusive, alivia um pouco a pressão do último resultado, quando Lucero perdeu uma cobrança nos acréscimos contra o Palmeiras, em casa, pelo Brasileirão. Bons futebol e resultado no primeiro tempo.

Segundo tempo

A vantagem no placar deu mais tranquilidade ao Fortaleza, que se fechou bem para buscar matar o jogo no contra-ataque. Pikachu e Breno Lopes entraram. O primeiro, inclusive, teve duas ótimas chances para matar o jogo, mas a primeira mandou na trave e a segunda na rede pelo lado de fora. Elas fariam falta lá na frente.

O Bucaramanga cresceu no jogo, o que era natural, haja vista a necessidade do resultado. No entanto, João Ricardo não precisou fazer nenhuma defesa milagrosa. Pelo menos não teve a necessidade até os 43, quando Mancuso fez pênalti. Pons cobrou, a bola bateu no travessão, quicou dentro do gol e saiu. Era o empate colombiano.

No (contra-)ataque contra defesa que foi o segundo tempo, faltou ao Fortaleza a capacidade de matar o jogo. Borrero entrou no segundo tempo e não conseguiu jogar, errando praticamente tudo o que tentou. Nos acréscimos, Lucero entrou na vaga de Deyverson numa tentativa quase que desesperada de Vojvoda de conseguir o segundo gol. Em vão.

De quebra, o time ainda perde David Luiz para o jogo contra o Vitória no fim de semana pelo Brasileirão. O jogador foi substituído no intervalo e um protocolo de concussão será feito para avaliar as condições do atleta.

Contra um frágil Bucaramanga, a vitória não veio e o futebol puniu o time cearense - que não jogou mal, diga-se de passagem. Para o que vem pela frente, reencontrar o caminho para a eficiência será mais do que necessário.

Tags:

Fortaleza
Libertadores
futebol

voltar