Domingo, 02 de fevereiro de 2025

Postado às 08h10 | 10 Ago 2016 | Edinaldo Moreno Após quatro anos, Phelps dá a resposta a rival, ganha mais dois ouros e enlouquece junto com a torcida

Crédito da foto: Foto: Getty

O melhor da final dos 200m borboleta nesta terça-feira (9) nem foi Michael Phelps vibrando de maneira incomum, chamando o público para aplaudir, em sintonia total com a arquibancada do Rio 2016. Foi a gargalhada dos torcedores, antes de corresponderem ao chamado, com palmas e gritos, vibrando com a (até então...) 24ª medalha Olímpica (20 de ouro) desse que se tornou um deus do esporte.

O sul-africano Chad Le Clos, que ficou com o ouro do norte-americano nessa prova em Londres 2012, provocou e provocou. Levou o troco. E não subiu ao pódio. A prata e o bronze ficaram com o japonês Masato Sakai e com o húngaro Tamas Kenderesi.

Foi o segundo ouro de Phelps no Rio 2016, depois da vitória dos Estados Unidos no 4x100m livre. Mas era esse, dos 200m borboleta, que estava atravessado na garganta do superastro americano. Le Clos foi campeão Olímpico da prova há quatro anos com cinco centésimos de segundo de vantagem diante do recordista mundial (1min51s51, no Mundial de Roma 2009). O sul-africano impediu o tri de Phelps...

Phelps se aposentou depois de Londres 2012, mas resolveu voltar a competir em abril de 2014. A rixa entre os dois começou porque o multicampeão declarou que, na sua ausência, o nível internacional do nado borboleta tinha caído muito. Les Clos começou a responder no Mundial de Kazan 2015, na Rússia, com prata nos 200m, atrás do húngaro Laszlo Cseh, e ouro nos 100m, do mesmo estilo.

Na semifinal do Rio 2016, Phelps fulminava Le Clos com o olhar. Phelps, de capuz, virou o “Darth” Phelps nas redes sociais, referência ao Darth Vader de Star Wars. Na piscina, nesta terça-feira, terminou a prova e emergiu com seu 1,92m da água para chamar mais e mais aplausos do público. Uma sintonia incrível entre atleta e fãs. Que terminou com lágrimas no pódio.

A noite de Phelps, porém, não havia terminado. Medalha no pescoço, passou pela arquibancada, beijou a mulher e a mãe e pegou o filho no colo. Depois, novamente mudou de feição. O campeão Olímpico recém empossado deu lugar ao competidor, que a seguir disputaria nova prova. E assim, alguns minutos depois de um ouro, veio outro, este no revezamento 4x200m livre. As 24 medalhas viraram 25. Os 20 ouros viraram 21. Muitos devem ter esquecido que Conor Dwyer, Ryan Lochte e Townley Haas nadaram e venceram com ele.

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