Não bastasse à paralisação do futebol por conta da pandemia do novo coronavírus, o Estádio Leonardo Nogueira “sofre” outro problema: a interdição. O campo segue impossibilitado para sediar jogos por decisão da Justiça Comum ao atender pedido do Ministério Público (MP) sobre questões relacionadas à acessibilidade.
A interdição aconteceu no começo de março e, uma semana depois, a Liga Desportiva Mossoroense (LDM) entrou com um recurso solicitando a
desinterdição do estádio, alegando que os serviços de acessibilidade haviam sido feitos dentro dos seus limites possíveis. A Liga é a
entidade que cuida do campo.
Na semana seguinte, o futebol foi paralisado devido à pandemia e, com o decreto de isolamento social, a Justiça passou a trabalhar de forma
remota e com uma demanda maior, acredita-se ter atrasado a decisão sobre o julgamento do recurso da Liga.
“Se a demora persistir, vou fazer uma petição no processo pedindo uma audiência de reconciliação para tentar um acordo”, informou o advogado
da LDM, José Carlos de Brito. “Obviamente, farei isso quando houver sinal de que o futebol irá voltar”.
O Nogueirão foi interditado por decisão do juiz Edino Jales da 1ª Vara Cível, em processo movido pelo Ministério Público, o qual se arrasta desde
2017 sobre questões de acessibilidade do estádio. Quando recebeu a notícia dessa atual interdição, em março, José Carlos disse acreditar em
um possível equivoco por parte do MP porque, segundo ele, as determinações sugeridas para obras de readequação, conforme Estatuto do
Torcedor, todas elas foram cumpridas.
“Foram feitas quatro exigências (em 2017). Na época, a LDM fez um compromisso para execução das obras até 2018. Dentro do prazo dado,
todas as obras foram concluídas. Foi colocado um piso próprio, rampas na calçada de entrada, colocação de corrimãos nos banheiros e sinalização
para área restrita”, disse o advogado. Mas, pelo jeito o MP não se deu por satisfeito, pedindo uma nova interdição, no que foi aceito.
MANUTENÇÃO
Enquanto o problema não é resolvido, a gestão do Nogueirão segue os trabalhos mesmo durante a quarentena, mas respeitando as normas
preventivas de saúde. Segundo o administrador Rocelito Miranda, serviços de pintura, limpeza, corte na grama, parte hidráulica são feitos para
garantir a manutenção. “Mesmo sem jogos, sempre tem o que fazer”, disse Rocelito, que voltou à gestão do estádio a pedido do presidente da LDM, Marcos Antônio, que precisou se afastar do cargo por questões de saúde.
Esta semana, a LDM enviará um ofício à secretaria municipal de Infraestrutura, a fim de fazer a limpeza geral no entorno do campo. “Com
as chuvas, o mato cresce ao redor do campo, e nesses casos sempre a gente procura a Prefeitura para colaborar”, concluiu.
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