Sábado, 08 de fevereiro de 2025

Postado às 11h15 | 12 Jun 2020 | Representante do setor fitness crítica o Cref por manifesto ‘tarde’

Crédito da foto: Divulgação Cref

Marcos Santos/Da Redação

Representante do setor fitness de Natal, o professor Mário Novaes considerou um “pouco tarde” a atitude do Conselho Regional de Educação Física (CREF16/RN) de buscar apoio à classe juntos aos políticos potiguares. Segundo ele, isso deveria ter ocorrido bem antes, lá no começo da pandemia, em março, quando as academias começaram a fechar as portas atendendo medida de isolamento social decretada pelo Governo estadual e municipal.

“Essa nota veio um pouco tarde. A gente vem batendo nisso há mais de 60 dias, a imprensa vem falando, que o setor está precisando. Quando chegou o lockdown, parando tudo, ai o Cref vem com essa nota”, censurou Mário Novaes durante sua participação no programa “Tocando a Bola”, da rádio 98 FM, de Natal.

No início da semana, o Cref emitiu uma nota ao Poder Executivo tanto em esfera estadual quanto municipal, e também a todos os deputados potiguares, solicitando pagamento de Auxílio Social de Socorro Financeiro (ASSF) para os profissionais de educação física, uma vez que eles não foram beneficiados pelo programa do Governo Federal do auxilio emergencial de R$ 600 durante a pandemia do coronavírus. O Conselho também propôs a formulação e adoção de medidas fiscais e econômicas de ajuda às empresas do setor, como academias e clubes.

“É boa (nota), mas não é viável, porque o Governo (Federal) já está pagando o auxilio; vai para a terceira parcela de quem está inserido”, disse ele ao também criticar o Conselho por não apresentar proposta ao Governo de reabertura das academias, mostrando ser desfavorável ao retorno das atividades durante a pandemia, ainda que as academias adotem protocolo rígido de segurança. 

“O grande problema é que o Cref nega ainda como tu vai abrir (as academias)”.

Até a paralisação das atividades, estima-se que o setor fitness no Rio Grande do Norte empregava algo em torno de 34 mil pessoas. Diante da pandemia, muitos profissionais da área foram demitidos e algumas academias tiveram de fechar as portas sem perspectiva de volta nesta temporada.

“As grandes academias estão demitindo desde março, o pequeno e o médio empresário estão segurando o emprego ainda, mas não se sabe até quando. Vamos para 90 dias parados, sem perspectiva de abertura”, lamentou Mário Novaes.

PLEITO NÃO ATENDIDO

No mês passado, empresários do ramo enviaram proposta à governadora Fátima Bezerra (PT) e, em anexo, apresentaram medidas de segurança sanitária, para evitar a transmissão do vírus. Mostraram também a importância do setor fitness para economia no Estado e sobretudo para a saúde da população. O pleito para retomada das atividades, no entanto, não foi atendido.

“A governadora olhou aquela nossa proposta, colocou na gaveta e deixou para o terceiro bloco. Só Deus sabe quando será esse terceiro bloco. O cenário ainda está obscuro para o profissional de educação física”, disse ele ao lamentar a situação das pessoas envolvidas nessa área.

“Muitos professores e empresário não vão voltar para área porque não tem dinheiro para isso, não tem crédito. Não há flexibilização do Governo Federal, que não está ajudando, o Governo do Estado pouco faz, pouco fez, e a Prefeitura (de Natal) está calada. Então, estamos entregue a sorte”, finalizou.

 

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