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Postado às 12h15 | 25 Mar 2023 | redação Tecnologias sustentáveis de acesso à água são o foco do Viva Sabiá

Crédito da foto: Cedida Tecnologia usada para captação de água potável em comunidades do RN

É cada vez mais necessário discutir sobre a escassez da água e buscar soluções para preservar os recursos hídricos. Apesar de o Brasil abrigar 12% da água doce no mundo, as áreas suscetíveis à desertificação (ASDs), no país, estão presentes em 1.488 municípios, abrangendo quase 16% do território nacional. Muitas estão no Rio Grande do Norte, que possui mais de 90% da sua área na região do polígono da seca.

No mês que é celebrado o Dia Mundial da Água (dia 22 de março) e são endossadas as discussões sobre o assunto, bem como alternativas para a utilização consciente da água, o grupo PetroReconcavo e a Fundação do Banco do Brasil, juntamente com a ONG AVSI Brasil,  apresentam a fase de ampliação do Programa Viva Sabiá, que será lançada no dia 30 de março, na comunidade Monte Alegre I (Upanema).

Criado em 2021, a partir de um diagnóstico participativo com as comunidades localizadas no entorno dos campos de petróleo, ativos do Rio Grande do Norte (Ativo Potiguar), o Viva Sabiá tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável de comunidades rurais potiguares por meio de tecnologias de convivência com o Semiárido e de práticas educativas, socioeconômicas e ambientais.

Nesta fase de ampliação do Programa Viva Sabiá, estão sendo implementadas tecnologias sustentáveis de acesso à água. É por meio de 60 cisternas, 30 sistemas de Bioágua e 60 Aqualuz (que purifica a água através da luz solar), que mais de 450 pessoas terão acesso à água para o consumo humano e para a agricultura sustentável.

A implementação do Aqualuz possibilitará um aumento de 960 mil litros de água para o consumo domiciliar. Com isso, os moradores das comunidades rurais podem armazenar água da chuva e reduzir a dependência do abastecimento por meio de carros-pipa.

Na primeira edição do programa, 210 pessoas foram beneficiadas com 45 mil litros de água tratada por meio do sistema Aqualuz, que foi premiado pela ONU e é desenvolvido pela empresa de impacto social SDW.

Ainda nesta fase de ampliação, junto à comunidade, estão sendo feitos 30 sistemas de Bioágua Familiar com apoio a uma Unidade Produtiva Agroecológica. O Bioágua reusa águas da pia, do chuveiro, da lavagem de roupas, entre outros, promovendo o saneamento rural de águas cinzas e destinando-as para o cultivo agrícola familiar.

Integrada a estas tecnologias, o Programa realizará um forte trabalho de educação ambiental, por meio de campanhas escolares, ampliando para mais de 2000 alunos e 30 educadores a temática sobre o uso e aumento da eficiência da água e tecnologias de convivência com o Semiárido.

“Temos investido em iniciativas que tragam a possibilidade de trabalhar os 3 pilares da sustentabilidade, o eixo social, econômico e ambiental. O Programa Viva Sabiá segue esta linha ao apoiar comunidades, no entorno de nossas operações, para a promoção do bem-estar e da geração de renda, integradas às soluções Eco Sustentáveis, tanto no curto prazo, com projetos que impactam de imediato a vida das pessoas, quanto no longo prazo, com programas de educação socioambiental”, explica Felipe Araújo, Diretor de Gente, Gestão & Sustentabilidade.

 

Estratégias integradas vão transformar comunidades

Legenda: Integração de tecnologias vai contribuir para a transformação dessas comunidades

Estratégias integradas regenerativas baseadas na convivência com a semiaridez têm demonstrado maior resiliência às condições climáticas adversas bem como tem trazido possibilidades de desenvolvimento para as populações mais vulneráveis.

A Fundação Banco do Brasil investe, há quase 40 anos, no desenvolvimento socioambiental do país, conectando as Tecnologias Sociais (TS) aos seus programas de Educação para o Futuro, Meio Ambiente e Renda, Saúde e Bem-estar, Voluntariado e Ajuda Humanitária.

“No Viva Sabiá a integração de tecnologias vai contribuir para a transformação dessas comunidades, impactando positivamente a vida das pessoas”, afirma o diretor de desenvolvimento social da Fundação Banco do Brasil, Rogério Biruel. 

Desde 2001, a Fundação BB exerce o papel de certificadora de mais de 600 Tecnologias Sociais, trazendo soluções inovadoras para desafios socioambientais.

O Programa Viva Sabiá

Ainda no primeiro ano do Programa (2021-2022) cerca de 1 mil pessoas foram beneficiadas com as ações de acesso à água para consumo doméstico e humano, incluindo as ações de educação ambiental.

Foram contempladas as comunidades de Monte Alegre 1, Monte Alegre 2, Lajes e Livramento e Olho d'água da Onça, pertencentes aos municípios de Upanema, Caraúbas, Assú e Governador Dix-Sept Rosado.

Com a ampliação, a expectativa é atingir cerca de 2.400 beneficiários diretos do Viva Sabiá.

 

10 contribuições sustentáveis do Programa Viva Sabiá:

1 - Melhoria da saúde por meio de alimento saudável e água segura;

2 - Saneamento de águas cinzas domésticas e água para consumo humano;

3 - Recuperação do solo na Caatinga, combate à desertificação e aumento da biodiversidade através da agroecologia;

4 - Acesso à alimentação segura e geração de renda de agricultores familiares;

5 - Promoção da segurança alimentar e da agroecologia;

6 - Ênfase no protagonismo feminino no cultivo dos quintais agroecológicos e renda;

7 - Promoção de renda de populações mais vulneráveis, como assentados e agricultores familiares;

8 - Consumo e produção sustentável e regenerativa através da agroecologia;

9 - Reforço à melhoria das capacidades de convivência sustentável com o Semiárido;

10 - Mobilização de recursos humanos e financeiros a partir de múltiplas fontes, com a integração de uma grande empresa do setor de óleo e gás, uma Fundação do maior banco público do País e de uma ONG e da população local.

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