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Postado às 08h16 | 16 Mai 2017 | Cesar Santos Setor produtivo potiguar reforça bancada para aprovar reforma

Amaro Sales, presidente da Fiern, afirma que reforma é urgente

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Blog do César Santos

A carta do setor produtivo potiguar entregue à bancada federal do estado em Brasília (DF), que pede para deputados e senadores se posicionar favoravelmente à Reforma da Previdência em curso no Congresso Nacional, alerta para os números que castigam o Rio Grande do Norte. O documento aponta a taxa de desemprego de quase 15% afetando 225 mil potiguares, com consequências graves à economia estadual.

As entidades, que assinam o documento, também alertam para o monumental déficit do Governo Federal, que atingiu em 2016 quase R$ 160 bilhões e elevou a dívida pública do país a R$ 4,1 trilhões (66% do PIB nacional).

“Um dos efeitos nefastos da atual conjuntura é a perda, quase total, da capacidade de investimentos públicos, oxigênio historicamente imprescindível para fazer girar as engrenagens econômicas. Outro efeito deletério observado é o Estado ser obrigado a recorrer ao mercado para captar recursos e fazer frente às suas despesas, vendo-se compelido a manter altas taxas de juros, a exemplo da Selic, taxa básica da economia, que está, atualmente, em 11,25% ao ano”, pontua.

A carta faz o diagnóstico: “Está muito claro que grande parte desse descompasso entre receitas e despesas do Poder Público tem na Previdência Social sua raiz, tanto na do Regime Geral que envolve apenas o INSS (trabalhadores urbanos e rurais), como as dos Regimes Próprios da União (servidores públicos civis e militares), e a dos Estados e Municípios. Os déficits totais dos regimes previdenciários somaram em 2016 R$ 316,6 bilhões, valor superior ao estimado para Petrobras (R$ 230 bilhões), a maior empresa brasileira.”

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales, a demora em resolver o problema fará o Brasil simplesmente não conseguir sair da crise econômica em que está, mesmo com todos os esforços despendidos em outras áreas, além do risco de completa falência.

O diretor-executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (FECOMÉRCIO-RN), Jaime Faria, é catedrático quando fala das consequências de não se aprovar a Reforma Previdenciária. “Não conseguiremos aposentar os jovens porque os déficits são explosivos e se deterioram em uma velocidade grande. No Brasil, que tem a metade de idosos dos Estados Unidos, gasta-se o dobro do percentual do PIB em relação ao gasto pelos americanos com previdência.”

Pois bem…

A classe produtiva afirmou à bancada potiguar que respaldará a posição favorável à reforma, encorajando os parlamentares que temem o desgaste popular neste momento.

E alerta: os interesses político-eleitorais não podem se sobrepor ao bem coletivo.

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