Durante a realização de audiência pública na comarca de Poço Branco na última sexta feira (20), a corregedora geral de Justiça, desembargadora Maria Zeneide Bezerra, externou a preocupação que o Poder Judiciário estadual tem com a realidade de crianças e adolescentes que estão nos mais de 53 abrigos visitados em todo o Rio Grande do Norte.
Ela destacou que a Corregedoria vem trabalhando para desenvolver soluções que reduzam o número de crianças disponíveis para a adoção no Estado, atualmente de 30. Do outro lado, mais de 450 pessoas estão cadastradas como possíveis adotantes, mas a conta não fecha.
“É desproporcional. Já não deveria haver nenhuma criança ou adolescente esperando uma família. Tem mais gente querendo adotar do que crianças aptas para serem adotadas. O problema é que as vezes o perfil dos que estão aptos não se encaixa naquele pretendido pelo que deseja adotar. Precisamos mudar isso”, enfatizou a desembargadora Zeneide Bezerra.
Ela destacou que no dia 25 de maio ocorrerá o lançamento do projeto “Eu Existo”, durante solenidade na Assembleia Legislativa, em Natal. “Estamos cobrando os juízes que atuam nesta área. Estamos monitorando e com esse projeto pretendemos mudar esses paradigmas que fazem muitas crianças ainda estarem à espera de um lar”, aponta a corregedora, ao antecipar que a CGJ já está empenhada na capacitação de equipes e na parceria com instituições ligadas à adoção no Rio Grande do Norte.
“Não podemos só reclamar. Precisamos agir. Faço parte de um Tribunal que age”, define a corregedora geral de justiça.
Fonte: TJRN.
Tags: