O Governo do Rio Grande do Norte, por meio do Corpo de Bombeiros Militar e da Defesa Civil Estadual, informou nesta manhã de quinta-feira, 19, que conseguiu controlar parcialmente o incêndio florestal que atinge uma área de densa vegetação na Serra do Lima, no município de Patu, Oeste potiguar.
Mais cedo, o comandante-geral Corpo de Bombeiros Militar do RN, Coronel Monteiro Júnior, estimou que o trabalho de combate ao incêndio poderia ser finalizado ainda nesta quinta. Já são mais de 60 horas de combate ao fogo que teve início na última segunda-feira (16). Durante toda noite e madrugada os militares e voluntários subiram a Serra em equipes de combate e conseguiram debelar vários focos do fogo.
Na manhã desta quinta-feira (19), os bombeiros realizam o monitoramento da área e aguardam drones e outros equipamentos da Secretaria de Segurança e da Defesa Social (SESED), que irão auxiliar no fornecimento de dados das áreas atingidas. Não há vítimas e nem danos em edificações.
Ainda na nota, o governo reiterou que “não houve registros de nenhuma vítima e animal silvestre morto na área. Também não houve nenhuma edificação atingida”.
Afirma ainda que “todas as informações estão sendo apuradas, acompanhadas e checadas pelo posto de comando montado no Santuário do Lima pelo Corpo de Bombeiros Militar”, e pede que “a população potiguar evite compartilhar informações não oficiais e sem checagem dos fatos”.
A governadora Fátima Bezerra, na última terça-feira (17), reuniu todas as forças de Segurança Pública e o prefeito da cidade, Rivelino Câmara, para apoiar o município e montar uma força-tarefa. Um posto de comando foi instalado na cidade para acompanhar de perto e definir as melhores estratégias da operação. Também foi enviado um reforço de 30 bombeiros militares de Natal para ajudar na força-tarefa.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), coronel Monteiro Júnior, disse que as equipes trabalham incansavelmente 24h por dia. E mesmo já tendo cessado todos os focos de incêndio, há necessidade de permanência no local para monitorar a possível volta do fogo. “Visualmente, o incêndio está controlado desde ontem à noite. Porém, o incêndio florestal é o pior tipo de incêndio a se combater. Ele acontece em três formas: o de copa, que se dá em cima das árvores, o de superfície e o subterrâneo, que acontece sob a terra, a partir do material orgânico que recebeu muita temperatura e fica queimando embaixo. Então, podemos resolver todos os sinais de fumaça e o incêndio brotar em outro local, o que o torna mais difícil de combater. Então, mesmo cessados os focos do incêndio, ficaremos no local por alguns dias para acompanhar e monitorar, assim evitaremos que caso o fogo volte, poderemos combate-lo e evitar que ele se alastre rápido e fique da forma que estava”, explicou. Ainda de acordo com o comandante, após o fim da operação, é que terá início o trabalho da perícia para tentar identificar a causa do incêndio.
A operação conta ainda com o auxílio de outros órgãos públicos de segurança estadual e municipal, como Defesa Civil e da Polícia Militar. Mais de 100 pessoas, entre voluntários e militares, atuam no combate às chamas. Desse total, cerca de 50 são militares dos quartéis de Pau dos Ferros, Caicó, Mossoró e Natal que estão no local. Os voluntários são orientados e instruídos pelos militares. “Muitos voluntários, cidadãos estão muitos preocupados com a situação de ver o seu patrimônio ambiental sendo destruído pelas chamas”, frisou coronel Monteiro ao destacar a importância dos voluntários para o controle do incêndio.
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