O Rio Grande do Norte, conforme o Censo Agropecuário 2017, tem a menor quantidade de pessoas ocupadas em estabelecimentos agropecuários do Nordeste. Em 2006, eram 247.515 pessoas e, em 2017, passou para 213.883, uma redução de 13%. O Censo foi divulgado nesta sexta-feira, 25, pela Unidade Estadual do Rio Grande do Norte Supervisão de Disseminação de Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Rebanho do RN tem redução de 148 mil bovinos
O rebanho bovino do RN teve uma diminuição de 148 mil animais de 2006 para 2017, passando de 907.185 para 758.453. De forma semelhante, o efetivo de aves composto por galinhas, galos, frangas, frangos e pintos passou de 6.059.000 cabeças, em 2006, para 5.643, 249, uma redução de 415.751 animais. Apesar dessa diminuição de animais, houve crescimento da produção de ovos e leite. A produção de ovos de galinha variou de 23.140 dúzias para 46.802 dúzias; e a produção de leite de vaca também aumentou, de 193.085 litros para 228.161 litros.
Criação de bovinos e aves está presente em mais da metade dos estabelecimentos agropecuários
Dos 63.452 estabelecimentos agropecuários recenseados no Rio Grande do Norte, 38.097 possuem rebanho bovino, o que representa 60% do total. O efetivo de aves (galinhas, galos, frangas, frangos e pintos), por sua vez, foi verificada em 37.756 estabelecimentos, 59% do total.
Aumenta a porcentagem de mulheres e idosos entre os produtores
No Rio Grande do Norte, 10.016 estabelecimentos agropecuários (15,78% do total) são comandados por mulheres. Mas os homens ainda são maioria. Eles estão à frente de 53.206 unidades de produção agropecuária (84,22%). Conforme o Censo Unidade Estadual do Rio Grande do Norte Supervisão de Disseminação de Informações Informativo para a Mídia (84) 3342-9459
Agropecuário de 2006, as mulheres lideravam a atividade produtiva agropecuária em 11,13% desses estabelecimentos.
O Censo Agro 2017 também identificou que a proporção de mulheres responsáveis pela produção, na agricultura familiar, é maior. No Rio Grande do Norte, elas dirigem 16,57% dos estabelecimentos deste tipo, enquanto que 12,7% dos estabelecimentos sem essa classificação têm direção feminina.
No Brasil, há 19,75% dos estabelecimentos agropecuários de agricultura familiar na mão de mulheres. Fora da classificação de agricultura familiar, as mulheres estão à frente em 15%.
Idade
Enquanto que a participação de menores de 25 anos responsáveis administração dos estabelecimentos rurais no RN caiu de 3,26% para 1,43 %, o número de estabelecimentos administrados por maiores de 65 anos aumentou de 21,15% para 25,28% entre os censos de 2006 e 2017. O Rio Grande do Norte segue a tendência nacional. No Brasil, o maior grupo etário de produtores têm entre 45 anos e 55 anos: 224.488 (24,22%).
Cor ou raça pesquisada pela primeira vez
Pela primeira vez, o IBGE perguntou a cor ou raça do produtor rural no Censo Agropecuário. Metade dos produtores rurais do Rio Grande do Norte se declararam pardos, 31.253 (49,44%), o mais numeroso grupo de raça.
No Brasil, a maior parte dos produtores se diz branca, 2.297.013 (45,43%), seguidos de perto dos pardos, 2.248.549 (44,47%). Considerando somente a agricultura familiar, os pardos tornam-se maioria no Brasil, 1.786.955 (45,85%).
Escolaridade
Depois de mais de uma década, o número percentual de produtores que não sabem ler ou escrever permanece praticamente estável no Rio Grande do Norte. São 25.256 analfabetos, 40% dos que estão no controle de estabelecimentos agropecuários. Em 2006, 33.853 produtores não escreviam ou liam, o equivalente também a 40,7%.
Agrotóxicos e Produção orgânica
Em 2017, no RN, 24.163 (29,1%) dos estabelecimentos agropecuários utilizavam agrotóxicos. Enquanto que apenas 2.266 (2,73%) fazem uso de técnicas de produção orgânica. E desses, somente 95 (4,2%) tinham certificação.
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