O fim de semana foi bastante movimentado no litoral do Rio Grande do Norte, com aglomerações sendo registradas em várias praias: Tibau, na chamada Costa Branca, superlotou, o mesmo acontecendo em Ponta Negra, em Natal. Governo promete adotar medidas
Por César Santos – Da Redação
O fim de semana foi bastante movimentado no litoral do Rio Grande do Norte, com aglomerações sendo registradas em várias praias. Tibau, na chamada Costa Branca, superlotou, o mesmo acontecendo em Ponta Negra, em Natal. Muita gente curtindo som dos “paredões”, dançando, bebendo, um cenário propício à propagação do novo coronavírus.
Chamou a atenção a ausência de fiscalização, tanto por parte das autoridades de segurança do município quanto do Estado. Em Tibau e Ponta Negra a movimentação não recebeu resistência da segurança. As pessoas sequer usaram máscaras e desrespeitaram os protocolos de biossegurança previstos nos decretos que autorizaram a reabertura das atividades econômicas.
Nesta segunda-feira, 20, o Governo do Estado reagiu durante a coletiva para atualizar os números da Covid-19. O vice-governador Antenor Roberto (PC do B) afirmou que as aglomerações ocorridas nas cidades litorâneas podem colocar em risco todo o trabalho de enfrentamento e superação da Covid-19 nos últimos quatro meses. Ele alertou, com base nos números, que a pandemia continua uma ameaça e que o Estado não superou a crise sanitária.
"O Rio Grande do Norte não é uma ilha livre desta doença. A Covid-19 está longe da cura. A permanecer a conduta social que tivemos neste final de semana poderemos voltar a ter aumento de casos, como outros estados e países tiveram - o chamado efeito sanfona”, alertou.
Antenor ressaltou que a retomada gradual das atividades econômicas não é uma liberação geral. “O Governo do Estado está vigilante e a governadora Fátima Bezerra já disse que se houver nova pressão na ocupação de leitos críticos, as medidas mais restritivas vão voltar, porque nossa prioridade é salvar vidas".
O vice-governador disse que o governo “está tomada por indignação” com as aglomerações vistas no fim de semana. “Nos impressiona a falta de empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro. O que assistimos neste final de semana foi atitude de muito pouco compromisso com o próximo".
Antenor Roberto alertou para os dois principais agentes das aglomerações. "A juventude tem que entender que a Covid não escolhe idade e afeta mais ainda os idosos. Os jovens pouco apresentam sintomas da contaminação, mas podem estar contaminando seus pais, avós e tios. A conduta social de não respeitar protocolos e regras, de não usar máscara, merece repúdio e indignação", afirmou.
MUNICÍPIOS
O governo reconhece que a falta de fiscalização contribuiu para as aglomerações nos bares, restaurantes e atividades informais, mas transferiu a culpa para as prefeituras. "Onde estão as prefeituras que anteciparam decretos para reabertura do comércio, que foram à Justiça dizer que era delas a competência de jurisdição sobre a orla marítima, sobre o transporte coletivo e funcionamento e horário do comércio?”, questionou o vice-governador.
E seguiu: “Onde estão as prefeituras para fiscalizar as aglomerações nas praias? Onde estão estas prefeituras que assumiram o compromisso de fiscalizar o distanciamento e o isolamento social? O vice-governador, porém, não falou sobre a ausência dos agentes de segurança do Estado que deveriam fiscalizar, conforme previsto na campanha “Pacto pela Vida”.
O vice-governador também lembrou que o decreto do Governo do RN é explícito sobre as medidas sanitárias e protetivas. "Os protocolos foram subscritos e quem assinou sabe da responsabilidade em cumpri-los para a reabertura das atividades econômicas. Cabe às prefeituras fiscalizar estabelecimentos e atividades informais que não cumprem as regras. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram cenas inadmissíveis”, criticou.
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