Sábado, 19 de abril de 2025

Postado às 09h15 | 10 Abr 2025 | redação Estados Unidos confirmam que tarifa americana para China será de 145%

Crédito da foto: Reprodução Porto na China

A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira que a tarifa cumulativa sobre a China totalizaria, na verdade, 145%, muito acima do nível que muitos economistas disseram poder dizimar o comércio entre os EUA e a China.

O presidente Donald Trump está impondo uma tarifa de 125% sobre os produtos chineses com o objetivo tanto de combater o déficit comercial dos EUA com a China quanto punir Pequim por retaliar contra os impostos de importação americanos. Esse número, divulgado em um memorando da Casa Branca nesta quinta-feira, soma-se à tarifa de 20% imposta no início deste ano devido ao papel da China no tráfico de fentanil.

As duras tarifas dos EUA sobre a segunda maior economia do mundo ocorrem em meio a uma guerra comercial crescente de retaliações sucessivas, que tem deixado os mercados financeiros globais em alerta.

O vaivém de Trump em relação a sua política tarifária vem deixando os mercados em polvorosa. As bolsas na Ásia fecharam em forte alta, e as da Europa dispararam nesta quinta-feira (10), refletindo o anúncio de ontem do presidente dos EUA, Donald Trump, de suspender por 90 dias a maioria das tarifas, em uma trégua na sua guerra comercial. O otimismo, porém, não é acompanhado pelas bolsas de Nova York e do Brasil.

 

Bolsas ampliam queda em NY

Com a notícia, as ações caíram em Nova York, um dia após a maior onda de compras em anos, enquanto os investidores se preparavam para mais hostilidade comercial.

Por volta das 12h20, as bolsas americanas ampliaram a queda, com o Dow Jones registrando -2,75%; Nasdaq - 4% e S&P caindo 3,27%. Já o Ibovespa registrava queda de - 0,86%, a 126.703 pontos. O dólar, por sua vez, continuava em alta no Brasil, subindo 1,49%, a R$ 5,932.

A implementação das tarifas por Trump tem sido marcada por confusão, já que o presidente mudou de posição repetidamente. Na quarta-feira, ele adiou planos de impor tarifas mais altas a dezenas de países apenas algumas horas após elas entrarem em vigor, mesmo enquanto intensificava sua disputa comercial com Pequim.

Os outros parceiros comerciais dos EUA enfrentarão uma tarifa geral de importação de 10%, mas ganharam um prazo de 90 dias para negociar acordos comerciais individuais. Caso essas negociações não tenham sucesso, as tarifas mais altas estão previstas para entrar em vigor em 9 de julho.

 

Taxa da blusinha

A ordem presidencial publicada nesta quinta-feira aumentou ainda mais os impostos sobre pequenos pacotes vindos da China que anteriormente não eram taxados, o que pode afetar consumidores americanos que compram produtos de varejistas como Temu e Shein.

Os EUA passarão a taxar importações de itens com valor de até US$ 800 a uma alíquota de 120% sobre seu valor, acima do plano anterior que previa uma taxa ad valorem de 90%.

A taxa por item postal sobre mercadorias que entrarem entre 2 de maio e 1º de junho aumentará para US$ 100, em comparação aos US$ 75 planejados anteriormente. Pacotes que entrarem após 1º de junho enfrentarão uma cobrança de US$ 200 por item, em vez dos US$ 150 anunciados anteriormente.

Tags:

Estados Unidos
tarifaço
economia
China

voltar