Não vai ter greve na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Por 169 votos a 60, os docentes reprovaram o indicativo de greve proposto pela Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (ADUERN), em assembleia realizada nesta terça-feira, 7.
A maioria entendeu que não é momento para paralisar as atividades, mesmo levando em conta o achatamento salarial, uma vez que a categoria não recebe recomposição dos salários há uma década.
Pesou o fato de a autonomia financeira ser recente, completando um ano neste mês de dezembro, e que a Reitoria precisa de tempo para ajustar a gestão financeira. Os docentes também entenderam que os estudantes, já bastante prejudicados no período da pandemia, não podem pagar mais esse preço.
Os docentes reivindicam um reajuste de 80% de forma escalonada, a partir de 2023 até 2025. Já a Reitoria apresentou a contraproposta:
- Implantação, em 2023, da tabela do PCCR docente com aumento salarial de 5% no salário base, para todas as classes e todos os níveis;
- Implantação, em 2024, da tabela 3, com elevação da titulação: 10% para a Classe I; 26% para a Classe II e 55% para a Classe III;
- Antecipação da tabela 4, de 2025 para 2024, com aumento de 10% no salário base e reflexo nas titulações;
- Assinatura de uma Carta Compromisso perante as categorias docentes e técnico administrativa para, a partir de 2025, construir uma campanha salarial, discutindo a reposição de perdas, dentro das condições garantidas pela autonomia financeira.
A reitora Cicilia Maia entende que a situação salarial dos docentes é delicada e reconhece que a categoria não recebe reajuste há 10 anos. O ultimo foi dado na gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini.
Mas, a reitoria pondera que o momento é delicado e que a Uern não tem condições para atender o que pede a Aduern. Cicilia tratou sobre o assunto no “Cafezinho com César Santos” – leia AQUI.
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