Por Edinaldo Moreno / Repórter do JORNAL DE FATO
Na segunda semana de setembro, os preços dos principais combustíveis veiculares usados no Rio Grande do Norte tiveram comportamentos distintos. Conforme levantamento realizado pelo Vale Card, empresa especializada em soluções de mobilidade, com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados em todos os estados do Brasil, a gasolina e o etanol hidratado registraram queda, enquanto que o diesel teve aumento entre os dias 4 e 10 de setembro.
O levantamento constatou redução no preço do litro do etanol hidratado (usado diretamente como combustível veicular) na semana passada em relação à semana anterior. A queda registrada no período ficou em 12,38%. O valor médio do combustível entre 4 a 10 deste mês ficou em R$ 4,241, enquanto que no período de 28 de agosto a 3 de setembro foi de R$ 4,840. A variação foi de R$ -0,599.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior queda foram Goiás (-19,81%) e Mato Grosso (-15,66%). A unidade federativa com menor preço médio foi São Paulo, a R$ 3,575; na outra ponta, Amapá apresentou a maior média, a R$ 4,874.
Segundo a pesquisa, no período citado a gasolina teve variação negativa de 1,16% no território potiguar. Na semana passada, o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 6,266. Já na semana de 28 de agosto a 3 de setembro, o valor médio foi de R$ 6,339, variação de R$ -0,073.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram as maiores quedas foram Amapá (-1,47%), Rio Grande do Norte (-1,16%) e Piauí (-1,09%). A unidade federativa com menor preço médio do litro da gasolina foi São Paulo, a R$ 5,789; na outra ponta, o Acre apresentou a maior média, a R$ 6,886.
A oscilação de preços influi diretamente na decisão de motoristas que possuem carros com motores flex. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o preço do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil.
Considerando essa metodologia, na quarta semana de agosto valeu a pena abastecer com etanol, além do Rio Grande do Norte, na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
O preço do etanol hidratado (usado diretamente como combustível veicular) nos postos de combustíveis apresentou uma queda de 1,19% no período de 4 a 10 de setembro, em comparação com a semana anterior (28 de agosto a 3 de setembro), com valor médio de R$ 3,751 por litro — variação negativa de R$ 0,045.
“Após registrar uma variação positiva de 0,18% na semana anterior, o etanol voltou a cair no varejo, um sinal de acomodação de preços em um cenário de crescimento da produção agrícola”, diz Brendon Rodrigues, Head de Inovação e Portfólio da ValeCard.
Segundo dados da Única, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, a moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de agosto registrou crescimento de 23,38% na comparação com o mesmo período do ciclo passado. Foram processadas 47,87 milhões de toneladas contra 38,80 milhões. No acumulado da safra 23/24, a moagem atingiu 360,05 milhões, ante 322,48 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 22/23 – avanço de 11,65%.
Preço médio do diesel no RN registra aumento
Já o diesel no Rio Grande do Norte teve aumento de 0,65%, de acordo com o levantamento do ValeCard na semana de 4 a 10 de setembro. Na semana passada, o preço médio do litro era comercializado a 6,378. Na semana anterior, estava em 6,337, variação de R$ 0,041.
Em todo o país, o preço do diesel nos postos de combustíveis apresentou um aumento de 0,65% no período de 4 a 10 de setembro, em comparação com a semana anterior (28 de agosto a 3 de setembro), com valor médio de R$ 6,360 por litro — variação de R$ 0,041.
“Após registrar uma variação positiva de 10% em agosto, o preço do diesel deverá seguir em alta em setembro, pois ainda há espaço para novos repasses para o consumidor do reajuste promovido pela Petrobras em 15 de agosto, quando o litro do combustível para as distribuidoras aumentou em 25,08%”, diz Brendon Rodrigues, Head de Inovação e Portfólio da ValeCard. Além disso, o especialista pontua que a cotação crescente do petróleo no mercado internacional configura outro fator de pressão nos preços do diesel, o que pode motivar novos reajustes da petroleira.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior alta foram Alagoas (1,27%), Rio Grande do Sul (1,23%) e Distrito Federal (1,03%). A unidade federativa com menor preço médio foi Rio Grande do Sul, a R$ 5,974; na outra ponta, Roraima apresentou a maior média, a R$ 6,791.
Tags: