Por Fábio Vale / Repórter do Jornal de Fato
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Mossoró está passando por problemas. Pelo menos é o que denuncia o Sindicato de Guardas Municipais do Estado do Rio Grande do Norte (SINGUARDAS/RN). Um texto compartilhado nesta terça-feira (19) pelo Sindguardas/RN afirmou que a Prefeitura de Mossoró teria voltado atrás com uma proposta de recomposição salarial já anteriormente acordada, e cobra mais valorização da categoria.
O texto foi postado inicialmente ontem pelo GCM Heber Monteiro, que integra a diretoria do Sindguardas/RN. O material informa que o sindicato passou três anos dialogando com o prefeito Allyson Bezerra como uma forma de minimizar as perdas salariais para a categoria e que uma das demandas envolve o Adicional por Risco de Vida (ARV), que segundo o texto, teria sido um compromisso assumido pelo Executivo municipal desde a campanha eleitoral.
Segundo o Sindguardas/RN, o sindicato construiu, orientado pelo próprio prefeito, junto aos guardas civis municipais, uma minuta com as alterações administrativas e salariais para negociação. Mas a entidade diz que desde o início "ficou claro que o prefeito não estava disposto a negociar nada". O Sindguardas/RN pontua que foi então imposta uma proposta por parte do Executivo e que na última segunda-feira (18), em reunião com os secretários de Administração e Segurança, foi repassada a informação de que o prefeito teria cancelado a proposta.
"Mais um ato de desrespeito com uma, entre tantas categorias de servidores que se dedicam ao serviço público e vem sofrendo com a desvalorização de sua carreira", asseverou trecho do texto compartilhado nesta terça pelo sindicato, criticando também a divulgação institucional de "propagandas mentirosas" envolvendo supostos investimentos na GCM. O Sindguardas/RN cita uma publicidade municipal do último dia 3, que chamava a atenção para alegados benefícios, como fardamento novo; frota de veículos renovada; aquisição de 16 motocicletas; melhorias nos planos de cargos e porte institucional de arma de fogo.
O texto da entidade elencou um contraponto, ressaltando que os GCMs deveriam receber dois auxílios fardamento por ano e que só teria sido pago um durante toda a atual gestão; que a frota de veículos já estaria em tempo de ser renovada; que a GCM dispõe de seis motos adquiridas mediante convênio federal resultante ainda do governo anterior; e a não implementação da proposta de melhorias no plano de cargos da categoria. O sindicato enfatiza que dos alegados investimentos anunciados, "apenas o porte institucional foi concluído, sem esquecer que já vinha em trâmite da gestão anterior".
A reportagem encaminhou mensagem para a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mossoró com o fim de obter uma posição sobre essas alegações do Sindguardas/RN, mas, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
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