Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Postado às 09h15 | 11 Out 2023 | redação Mossoroense vive dias de aflição com a filha que mora em Israel

Jornal de Fato entrevistou dona Graça Maia, mãe da jovem Isabel que mora em Israel há três anos. Ela diz que a a filha não tem planos de voltar ao Brasil e está buscando abrigo em locais seguros. "Ela ama Israel e não pretende voltar pro Brasil”, diz

Crédito da foto: Reprodução Jovem Isabel com a mãe Graça Maia

Por Amina Costa / Repórter do Jornal de Fato

Os moradores de Israel vivem momentos de muita tensão após o início da guerra com o Hamas, depois de o grupo militante palestino que governa a Faixa de Gaza reivindicar a autoria dos ataques feitos contra Israel. Após os ataques, que se iniciaram desde o dia 7 de outubro e pegou toda a população desprevenida, milhares de pessoas tentam sair do país enquanto outras buscam, ao máximo, proteger-se.

Pelos relatos das agências de notícias internacionais, o clima é de muita tensão em meio às milhares de mortes que já ocorreram desde o início dos ataques. A mossoroense Graça Maia acompanha, com apreensão, as notícias do país, já que sua filha Isabel mora em Israel há três anos e meio, em uma região que também sofreu com os ataques.

A reportagem do JORNAL DE FATO conversou com dona Graça Maia e ela falou sobre como está sendo vivenciar esse momento de guerra, acompanhando, de longe, a situação da filha e da neta. Ela informa ainda que, mesmo com toda a situação, a filha não tem planos de voltar ao Brasil e está buscando abrigo em locais seguros. “É um sofrimento grande demais. Ela ama Israel e não pretende voltar pro Brasil”, informou dona Graça Maia.

Graça Maia informou ainda que a filha está em um local seguro, que possui sistemas antibombas, ao lado da filha, do marido e da família dele. “Estão em um local seguro, que tem vários sistemas de proteção antibomba, além de outras proteções, esperando que o conflito não se agrave. Mas eles se sentem seguros, sim”, relatou.

Dona Graça Maia disse ainda que lamenta toda a situação que o país vive, uma vez que o considera um ótimo local, tanto para morar quanto para visitar. “Sem a guerra é um país organizado, alegre, próspero e respeita as mulheres como geradoras da vida. Trata com justiça e qualidade de vida seus moradores e trata bem seus visitantes. Gente generosa. Fui conhecer e amei Israel”, informou.

Os ataques a Israel ocorrem desde o dia 7 de outubro, principalmente na parte sul do país. Milhares de foguetes foram lançados e os militares de Israel afirmaram que vários terroristas infiltraram-se no território israelita a partir da Faixa de Gaza. Homens israelenses ou com dupla cidadania que residem no país estão sendo convocados pelo governo para se alistar ao exército.

O balanço oficial aponta que são pelo menos 1 mil vítimas em Israel, 100 delas encontradas em um kibutz (habitação coletiva) em Be'eri, no sul do país. Já na Palestina são 900 mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde local.


Grupo de potiguares deve deixar Israel ainda hoje

Um grupo com 13 pessoas que foram para Israel para peregrinar deve deixar o país ainda hoje, 11. De acordo com informações veiculadas no site da Tribuna do Norte, o voo sai de Israel ainda pela manhã, mas ainda não tem destino definido. Na segunda-feira, 9, outras 12 pessoas conseguiram deixar o País do Oriente Médio com destino à Espanha.

A informação sobre o voo com as 13 pessoas foi dada pela Agência de Viagens Arituba, que, por meio de nota, disse que mantém comunicação com o Consulado e a Embaixada, “assegurando o nosso firme compromisso de priorizar o bem-estar e a segurança de nossos clientes em todas as etapas da viagem”.

O alto fluxo de pessoas que estão tentando deixar Israel e as limitações do aeroporto de Tel Aviv dificultou a saída dos potiguares. Entre os remanescentes estão o Padre Francisco e o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH), Abdon Gosson.

Em comunicado publicado na segunda-feira, a empresa que realiza o passeio reforçou que está prestando toda a assistência aos turistas potiguares. Apesar do conflito no país, a cidade onde está um grupo de potiguares não foi alvo de ataques ou conflitos.

 

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