A Câmara Municipal de Mossoró realizou, nesta sexta-feira, 27, a IV Audiência Pública Lixo Zero. De autoria do vereador Paulo Igo (SD), a audiência teve como foco debater ações voltadas para a preservação do meio ambiente através da reciclagem e diminuição do descarte de lixo.
Entre os pontos levantados, está a necessidade de incentivar a reciclagem no município de Mossoró, o lixão de Mossoró e o descarte do lixo hospitalar produzido fora do ambiente hospitalar.
O vereador Ozaniel Mesquita (União Brasil) destacou a necessidade de uma campanha voltada para a conscientização do descarte adequado quando o lixo hospitalar é gerado em ambientes residenciais ou comerciais. A ação visa proteger os garis de possíveis contaminações. “Como profissional de saúde, tenho a responsabilidade de descartar de forma adequada qualquer lixo hospitalar. Mas nem sempre os profissionais estão tomando este cuidado quando fazem atendimento domiciliar”.
Denúncia
Durante a audiência, o vereador Paulo Igo (SD) demonstrou preocupação com o descarte da poda de árvores realizada pela Prefeitura de Mossoró. “ Poderia ser feito a compostagem do material, mas estão sendo descartados na RN que dá acesso à cidade de Upanema, em um terreno, e queimados diariamente. Vamos fazer uma denúncia ao Ministério Público”, declarou.
Projeto
Como exemplos de ações que podem incentivar a reciclagem do lixo, o vereador Tony Fernandes (SD) lembrou a lei, de autoria dele, que cria a Campanha Tapinha Solidária, onde entidades arrecadam tampinhas plásticas para trocar por ração para animais de rua ou cadeiras de rodas. “As tampas são levadas para organizações. Essas organizações devolvem o valor na forma de ração para animais e cadeira de rodas e de banho para pessoas com deficiência. Assim, as tampas não vão para o lixo e ainda ajudam quem precisa”.
Turismo sustentável
Outro tema debatido durante a audiência foi o turismo sustentável. Alexandre Dantas, presidente da ProTurismo/RN, Cooperativa de Profissionais e Promoção do Turismo do Rio Grande do Norte destacou o potencial deste nicho de gerar emprego e renda incentivando a preservação do meio ambiente. “O turismo sustentável é aquele que atende o turista e também as necessidades da região que o recebe. O turismo envolve uma cadeia enorme de profissionais. E pesquisas mostram que o turista brasileiro está disposto a pagar 20% a mais por turismo sustentável. Isso mostra que o brasileiro se interessa sim em preservar o meio ambiente”, destacou.
Apesar dos dados, o país ocupa a sétima colocação em uma lista de dez países que incentivam o turismo sustentável. “É preciso mais incentivo para essa área. Um nicho com enorme potencial de geração de emprego e renda, que ainda valoriza e preserva o meio ambiente e a sustentabilidade do turismo”, reforçou Alexandre.
Também participaram da mesa dos trabalhos Hilquias Barros, embaixador do Instituto Lixo Zero Brasil, Vânia Barros, advogada e integrante da Comissão de Meio Ambiente da OAB, Emanuelle Rabelo e Diana Gonçalves, professoras da Ufersa, Joana Darc, do Centro Estadual de Educação profissional Professor Francisco de Assis e Vanderson, representando a Rede Drogasil, estudantes do ensino médio e universitários e representantes de instituições. “Pretendemos levar os pontos debatidos hoje pelos participantes desta audiência para as autoridades competentes. Com a união da sociedade, das instituições de ensino e do Poder Público poderemos criar ações e transformar Mossoró em uma cidade sustentável”, pontuou Hilquias.
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