Por Edinaldo Moreno / Jornal de Fato
O mercado formal em Mossoró gerou em março um total de 1.176 postos de trabalho com carteira assinada, informou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número consta no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta terça-feira (30), véspera do Dia do Trabalhador.
De acordo com o levantamento mais recente, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte registrou 3.917 admissões com carteira assinada no terceiro mês do ano contra 2.741 desligamentos. Este foi o segundo mês com saldo positivo no ano.
O outro mês com saldo positivo foi janeiro. O primeiro mês de 2024 registrou a criação de 581 novos postos de trabalho no município, resultado de 2.993 trabalhadores admitidos com carteira assinada e 2.412 demissões no período.
O único mês com resultado negativo foi fevereiro. O número de empregos formais com carteira assinada foi de 2.446, enquanto que o total de trabalhadores desligados do emprego formal foi de 2.641. O saldo ficou em 195 menos postos de trabalho no segundo mês do ano.
O saldo é positivo no acumulado do ano. A cidade registrou no primeiro trimestre saldo positivo de 1.562 postos de trabalho. No período, foram 9.356 admissões contra 7.794 desligamentos.
SETORES
O resultado em Mossoró ficou positivo no mês em 4 dos 5 grandes grupamentos de atividades econômicas, medidos pelo Novo Caged.
O setor que mais gerou empregos no mês foi o de serviços, com geração de 1.017 vagas. Foram 2.009 admitidos e 992 desligados. Ele é seguido do comércio (357), que teve a formalização de 904 empregos com carteira assinada e 547 trabalhadores desligados.
Ainda de acordo com o Novo Caged, os setores da construção (135) e indústria (99) também registraram saldo positivo. Somente o setor da agropecuária ficou negativo, com perda de 432 postos de trabalho.
O Caged foi criado em 1965 como instrumento de acompanhamento e fiscalização do processo de admissão e dispensa de trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Em 1983 passou a ser usado como banco oficial de dados de emprego, termômetro de rotatividade e flutuação da mão de obra. Em 2020, a metodologia foi alterada para incluir os contratos temporários e intermitentes.
RN registra mais de 2,8 mil empregos formais criados no primeiro trimestre de 2024
O Rio Grande do Norte registrou no primeiro trimestre de 2024 o total de 2.839 nos postos de trabalho. Em março, segundo o Novo Caged, foram abertas 1.415 novas vagas de emprego formal, aquelas com carteira assinada.
O saldo do mês de março/24 é o maior da série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020. Em março de 2021, quando a economia começou a se reerguer, após as dificuldades impostas pela pandemia da Covid, o saldo foi de 1.212 vagas; no mesmo mês de 2022, o número de demissões superou o de contratações, produzindo saldo negativo de (-1.427); em março do ano passado também houve saldo negativo (-82).
De acordo com o Caged, o estoque de empregos celetistas no Rio Grande do Norte é de 504.760. O salário médio de admissão em março foi de R$ 1.695,30. O setor que mais abriu postos de trabalho no RN em março foi o de Serviços (2.535 vagas), seguido pelo Comércio (954) e Construção Civil (628). No acumulado do ano, o setor de serviços é o destaque, com 4.784 postos de trabalho abertos. Com 1.256 vagas abertas nos três primeiros meses do ano, a construção ultrapassou o comércio, cujo saldo positivo é de 1.181 vagas no trimestre.
Natal, Mossoró, Parnamirim, Assú e Currais Novos, pela ordem, foram os municípios que mais abriram postos de trabalho. Na outra ponta, o de saldo negativo estão Baía Formosa e Arês, em função das dispensas realizadas pelo segmento da Agricultura.
O saldo de empregos celetistas vem se somar a outros indicadores de melhoria da qualidade de vida no RN, como a segurança alimentar. De acordo com o IBGE, a proporção de domicílios potiguares em que as famílias têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e quantidade, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, subiu de 59%, em 2018, para 66,6% em 2023, enquanto a de domicílios em situação de insegurança alimentar grave caiu de 7,6% para 4,9%.
MOSSORÓ
MARÇO DE 2024
Admitidos: 3.917
Desligados: 2.741
Saldo: +1.176
FEVEREIRO DE 2024
Admitidos: 2.446
Desligados: 2.641
Saldo: -195
JANEIRO DE 2024
Admitidos: 2.993
Desligados: 2.412
Saldo: +581
RIO GRANDE DO NORTE
MARÇO DE 2024
Admitidos: 20.842
Desligados: 19.427
Saldo: +1.415
FEVEREIRO DE 2024
Admitidos: 17.584
Desligados: 17.343
Saldo: +241
JANEIRO DE 2024
Admitidos: 18.100
Desligados: 16.917
Saldo: 1.183
Fonte: Novo Caged
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