O projeto “Potencial antimicrobiano do extrato hidroalcoólico da Myracrodruon urundeuva (aroeira)”, realizado por estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, em Mossoró, em parceria com o Laboratório de Biotecnologia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), foi premiado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). O evento, que é a maior feira de ciências do Brasil, aconteceu no período de 24 a 28 de março, em São Paulo.
O projeto surgiu de um questionamento sobre a possibilidade de tratar infecções a partir do uso da planta aroeira, algo que muito se ouve das pessoas mais antigas e que têm o conhecimento empírico sobre as plantas medicinais. Com essa iniciativa, a equipe recebeu quatro prêmios na Febrace: reconhecimento internacional: destaque em Criatividade e em Biologia em Vitro; Reconhecimento Nacional: Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular; Segundo lugar na área de Ciências Biológicas e, ainda, conquistou a Credencial para Regeneron ISEF: International Science and Engineering Fair, maior Feira Internacional de Ciências e Engenharia, que acontecerá em maio, nos EUA.
“O sentimento é de muita alegria, de muita satisfação em saber que a gente está no caminho certo e que ainda é possível fazer ciência no Brasil, mesmo com muitos empecilhos, muitas barreiras”, comentou o orientador do projeto, professor Michael Pratini.
O projeto também contou com a coorientação do professor Douglas Arenhart França, além do apoio e supervisão da professora Regina Marques, do curso de Ciências Biológicas da Uern, que orientou todo o trabalho de experimentação e análise de dados.
“Eles fizeram toda a parte de experimentação e manipulação com orientação, então a gente passou para os alunos um planejamento experimental, manuseio de equipamentos, como fazer análise de dados, e eles tiveram toda essa orientação acadêmica e pedagógica em relação ao procedimento, inclusive sobre como construir um projeto, como criar hipóteses e como testar essas hipóteses”, comentou Regina Marques.
Diante do resultado alcançado até aqui, para ela, o sentimento que fica é de que vale a pena investir na ciência e provocar nos estudantes a curiosidade de fazer experimentos. “Estimulamos a curiosidade e a criatividade da ciência, ao mostrar que a ciência ela modifica mundos, ela modifica situações, ela modifica pessoas. Esperamos que esses jovens pesquisadores percebam que podem fazer diferença nesse mundo, de forma real, planejada, calculada, com ética e embasamento científico”, disse.
Fonte: Uern
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