Quarta-Feira, 26 de fevereiro de 2025

Postado às 08h15 | 27 Out 2016 | Edinaldo Moreno Criança de 4 anos morre na UPA do Belo Horizonte; enfermeira diz que faltou insumos

Em nota, a Prefeitura de Mossoró disse que a criança recebeu 'todo o atendimento médico necessário'

Crédito da foto:

Uma criança de quatro anos de idade morreu na tarde desta quarta-feira, 26, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte. A criança deu entrada no local por volta das 16h15 e faleceu às 17h50, como informa nota da Prefeitura de Mossoró.

De acordo com o blog do jornalista Magnos Alves, a enfermeira chefe da unidade, Andreia Cunha, concedeu entrevista a FM 98 e disse que o óbito da criança ocorreu por falta de insumos na unidade, em especial medicação de urgência e respirador.

Na manhã desta quinta-feira, 27, a enfermeira Andreia Cunha, em entrevista ao radialista Jota Nobre, disse que a criança não morreu por falta de medicação ou insumos.

“Ontem eu prestei esclarecimentos em uma entrevista para um locutor da rádio, e de fato, o objeto desta entrevista foi sobre o comando da greve. Sobre a greve foi colocado a questão de segurança, que estamos trabalhando sem segurança, a maioria dos profissionais estão trabalhando até mais do que os 30%, foi o que o locutor fez na questão da greve. No final desta questão que eu prestei se a equipe do plantão estava trabalhando os 30% e que o atendimento era só urgência e emergência. Fui bem claro, mesmo com a falta de medicações de urgência, mesmo com a falta de alguns insumos e equipamentos médico-hospitalar, que falta nas Unidades de Pronto Atendimento, mas para o atendimento desta criança , para o que ela precisa da urgência, a medicação de urgência para ela existia na unidade. Quando eu falei que houve um óbito de uma criança na unidade, mas não necessariamente que a criança morreu por falta do respirador. Ela precisava ser estabilizada para ser transferida. Quando o Samu chegou ela já estava sendo massageada, ela teve uma parada cardíaca em decorrência de uma pneumonia grave. Eu quero deixar bem claro Jota Nobre que houve uma certa informação distorcida quando foi colocada minha imagem. Quero deixar bem claro que a família estava presente no atendimento e inclusive agradeceu o empenho com relação ao atendimento da criança”, disse Andreia.

Na nota, a Prefeitura contesta a informação de que a criança morreu por falta de atendimento.

“A Prefeitura Municipal de Mossoró manifesta seu mais profundo sentimento de pesar e lamenta o falecimento da criança R.D.S.C, ocorrido nesta quarta-feira, 26, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Raimundo Benjamin Franco, bairro Belo Horizonte, vindo apresentar esclarecimentos à população mossoroense sobre informações errôneas divulgadas de forma irresponsável por alguns veículos de comunicação acerca deste lamentável fato”, inicia a nota que explica o quadro da criança quando chegou a unidade.

De acordo com seu prontuário, ao chegar à unidade, apresentava  quadro sintomático de taquipnéia, extremidades frias, cianose de extremidades, hipotermia e alterações nos sinais vitais, em decorrência de uma pneumonia, a qual estava recebendo tratamento há sete dias.

Ainda na nota, a Prefeitura diz que a criança recebeu toda a assistência da equipe médica e que os exames e medicamentos foram realizados.

“A equipe médica prestou toda a assistência de saúde necessária para o atendimento, além da realização de exames e medicamentos, desde a chegada da criança à unidade. Com o agravamento do quadro, a equipe médica decidiu transferi-la para a UTI Pediátrica, e, apesar de todos os esforços, a criança veio a óbito na UPA, às 17h50, antes mesmo de ser transferida”.

 Leia nota na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Mossoró manifesta seu mais profundo sentimento de pesar e lamenta o falecimento da criança R.D.S.C, ocorrido nesta quarta-feira, 26, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Raimundo Benjamin Franco, bairro Belo Horizonte, vindo apresentar esclarecimentos à população mossoroense sobre informações errôneas divulgadas de forma irresponsável por alguns veículos de comunicação acerca deste lamentável fato.

Ao contrário do que foi ci_noticiasdo por setores da imprensa, a criança recebeu todo o atendimento médico necessário ao dar entrada na UPA do Belo Horizonte, às 16h15, desta quarta-feira. De acordo com seu prontuário, ao chegar à unidade, apresentava  quadro sintomático de taquipnéia, extremidades frias, cianose de extremidades, hipotermia e alterações nos sinais vitais, em decorrência de uma pneumonia, a qual estava recebendo tratamento há sete dias.

A equipe médica prestou toda a assistência de saúde necessária para o atendimento, além da realização de exames e medicamentos, desde a chegada da criança à unidade. Com o agravamento do quadro, a equipe médica decidiu transferi-la para a UTI Pediátrica, e, apesar de todos os esforços, a criança veio a óbito na UPA, às 17h50, antes mesmo de ser transferida.

A Prefeitura de Mossoró lamenta profundamente que uma enfermeira de seu quadro de atendimento, apresentada de forma equivocada pela reportagem como enfermeira-chefe, tenha prestado informações equivocadas sobre o caso, sem autorização ou sequer a prévia consulta ao laudo, fazendo acusações levianas à gestão e aos profissionais da saúde que tentaram a todo custo salvar a vida da criança e informa que tomará as providências cabíveis para apurar a responsabilidade quanto à divulgação das informações inverídicas. A Prefeitura de Mossoró ainda lamenta toda a espetacularização de setores da mídia sobre a dor desta família, e se solidariza com todos os amigos e familiares da família enlutada.

Tags:

voltar