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Postado às 10h56 | 24 Jan 2017 | Sidney Jose Mossoró perde mais de três mil postos de trabalho em 2016

Esse é o pior desempenho na geração de emprego do municí­pio desde 2010, segundo dados do Caged

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Ao longo do ano de 2016, Mossoró perdeu 3.070 postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os números foram divulgados na última sexta-feira, 20, pelo Ministério do Trabalho de Emprego (MTE).
De janeiro a dezembro do ano passado, foram 20.266 admissões e 23.336 desligamentos de postos de trabalho com carteira assinada. Esse foi o pior desempenho do município na geração de emprego desde 2010.
Conforme o Caged, do ano de 2010 até 2016, Mossoró teve saldo negativo na geração de empregos formais somente nos dois últimos anos. Em 2015, o acumulado de empregos com carteira assinada ficou com um saldo negativo de 1.828 postos. Já no ano passado, houve um crescimento de 69% no número de desempregados no município, fechando o ano com mais de três mil postos de trabalho a menos.
O setor de serviço foi o que mais acumulou perdas de postos de trabalho ao longo de 2016, com saldo negativo de 1.440 de empregos celetistas. O número representa 46,9% do total dos empregos perdidos no município no ano passado.
Na segunda posição com pior desempenho na geração de empregos ficou a construção civil, com 984 postos de trabalho perdidos. Em seguida, o setor de comércio aparece com baixo desempenho na geração de emprego em 2016. De janeiro a dezembro, foram 357 postos de trabalho perdidos no setor.
Com relação aos dados específicos do mês de dezembro de 2016, Mossoró também registrou mais demissões do que admissões no período. Foram 1.337 admissões e 2.163 demissões, fechando o último mês do ano com um saldo negativo de 826 postos de trabalho.
O baixo desempenho também foi registrado em todo o Rio Grande do Norte. No mês de dezembro, foram 8.992 admissões e 12.313 desligamentos, um saldo negativo de 3.321 empregos celetistas (variação relativa de -0,77%).
Somados os doze meses de 2016, o estado também teve saldo negativo no número de empregos formais. O desempenho no ano foi pior que o verificado em 2015. Em 2016, o saldo foi de 16.286 empregos a menos, enquanto em 2015 foi de 14.955 empregos perdidos em todo o estado.
Nos últimos 12 meses no Brasil, foram fechadas 1.321.994 vagas, 14% a menos do que no mesmo período de 2015, quando o mercado perdeu 1.534.989 postos de trabalho. Apesar de os números ainda serem negativos, a comparação já mostra uma diminuição significativa no fechamento de vagas.

Prefeitura busca alternativas para retomar crescimento na geração de emprego
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Lahyre Rosado Neto, destaca que a Prefeitura de Mossoró está buscando alternativas para recuperar esses postos de trabalhos perdidos nos últimos dois anos. Ele declara que o Município está encontrando dificuldades nesse sentido devido à falta de informações e dados que não foram repassados pela gestão anterior.
“Muitos computadores da Secretaria de Desenvolvimento foram formatados, o que dificulta a obtenção de dados sobre o número de empregados e desempregados do Município. Além disso, não foi encontrado nenhum projeto em andamento para a atração de empresas e parcerias que visam à geração de emprego e renda”, informa Lahyre.
Ele destaca que, apesar dessas dificuldades, o Município buscará investir em outras alternativas para a geração de emprego. Uma das apostas é no setor de turismo. “Temos o projeto da Furna Feia, a possibilidade de retomada de voos para Mossoró e a inclusão na Rota das Falésias. Tudo isso visa contribuir para fortalecer o turismo na região e, consequentemente, na geração de emprego”, frisa.
O Município também está fazendo um levantamento dos terrenos doados e que não foram utilizados para o fim previsto, para poder reaver esses terrenos e fazer novas doações, a fim de atrair empresas para o município.
Além disso, a Prefeitura de Mossoró está buscando parcerias com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), entre outras entidades, a fim de capacitar os cidadãos para qualificá-los para ocupar as vagas de empregos que surgirem.

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