Quinta-Feira, 13 de fevereiro de 2025

Postado às 08h45 | 27 Set 2017 | Redação Esgoto a céu aberto prejudica alunos e professores da Escola Manoel Justiniano

Crédito da foto: Marcos Garcia Apesar de várias denúncias sobre o problema, nenhuma solução foi tomada

Alunos, pais e professores da Escola Estadual Manoel Justiniano de Melo, localizada na Avenida Tom Helder, no bairro Belo Horizonte (zona sul), denunciam que um esgoto a céu aberto em frente à instituição está trazendo grandes prejuízos à população. Apesar de várias denúncias sobre o problema, nenhuma solução foi tomada em relação ao esgoto a céu aberto.

De acordo com Iara Simone, mãe de um aluno da escola, é lamentável a situação vivenciada diariamente por aqueles que frequentam o colégio. “Faz cinco anos que meu filho estuda aqui, e esse problema sempre existiu. Tenho que subir na calçada pela lateral, para não me melar na lama. Quando os estudantes vão sair, muitos deles se arriscam a pular a galeria, e quando não caem, melam os pés de lama”, disse ela.

Segundo o coordenador financeiro do colégio, Edson Teixeira, a escola tem, atualmente, cerca de 500 alunos matriculados, além de 63 funcionários, que estão diariamente sendo prejudicados com o esgoto. “Antes, a Prefeitura vinha com frequência realizar a limpeza da galeria pluvial e cortar os matos, mas essa nova gestão veio apenas uma vez e já foram logo falando que não vinham mais, alegando que isso é obrigação da escola, que deve construir uma calçada. Para completar, eles quebraram a passarela de alvenaria que os funcionários tinham feito para evitar pisar na lama, por isso improvisamos essas barras de ferro para facilitar o acesso. Anos atrás, uma professora tentou passar a galeria, desequilibrou e caiu, sofrendo uma fratura na clavícula, sendo preciso se afastar por vários meses da sala de aula”, comentou.

Edson disse, também, que o caso já foi denunciado a vários órgãos de fiscalização, inclusive ao Ministério Público, mas, até o momento, nenhuma providência foi tomada. “As equipes de fiscalização vêm aqui, fazem estudos, tiram fotos, mas não resolvem o problema que já perdura há mais de 10 anos. É lamentável conviver todos os dias com isso”, disse ele.

Nas classes, alunos e professores são incomodados com a presença dos mosquitos e do mau cheiro forte que vem do esgoto e pode provocar várias doenças, como dores de cabeça, musculares, febres, bem como enfermidades mais graves, como leptospirose e hepatite A.

O porteiro da escola conhecido por “Aluisio” disse que a água que fica parada em frente à instituição vem das outras ruas vizinhas. “Como aqui não tem saneamento básico, a água escorre e fica parada aqui em frente ao portão do colégio, devido o local ser baixo.”

A equipe de reportagem do JORNAL DE FATO tentou entrar em contato por telefone com a Vigilância Sanitária do Município, mas, até o fechamento desta edição, não obteve êxito.

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