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Postado às 11h45 | 27 Dez 2018 | Redação Exposição exagerada ao sol no verão aumenta risco de câncer de pele

Crédito da foto: Divulgação No ano de 2017, a Liga Mossoroense detectou 447 casos de câncer de pele

A Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC) está alertando a população para o risco de câncer de pele durante o verão. O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos, e a incidência é ainda maior neste período do ano, em que as pessoas vão à praia e se expõem muito mais ao sol.

No verão, como já é tradição, os mossoroenses se mudam para o vizinho município de Tibau, e essa temporada pode aumentar os casos de câncer de pele.

O médico cirurgião Jorge Moura, da LMEC, explica que o câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e atenta que pessoas acima de 40 anos e com histórico de exposição solar em excesso, bem como as que possuem pele e olhos claros, são as mais atingidas.

A doença surge com maior frequência em partes do corpo que ficam expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. “Os principais sinais de alerta são a presença de um sinal ou pinta que cresce de forma irregular, sinal de coloração muito escura ou com variações de cor”, informa o profissional.

A orientação para este período é redobrar os cuidados, principalmente no período entre 10h e 15h, quando a intensidade solar geralmente é maior.

“A forma de prevenção que se pode indicar é basicamente evitar os horários de maior incidência de raios ultravioletas, fazer o uso correto de bloqueador solar e realizar uma consulta imediata ao especialista, caso se observe alguma das alterações já citadas”, destaca o médico.

No ano de 2017, a Liga detectou 447 casos de câncer de pele. A boa notícia é que, destes, cerca de 90% obtiveram êxito no tratamento. “Geralmente, a cirurgia é curativa e terapias auxiliares como a radioterapia e outros são necessários apenas em casos selecionados. O índice de sucesso do tratamento é elevado com a cura na maioria dos pacientes, mas para isso é importante realizar o diagnóstico preciso e precoce”, alerta Jorge Moura.

Pinta, mancha ou pequenos ferimentos podem ser indicativos de câncer de pele

A dermatologista Marcela Vidal reforça que os principais sinais do câncer de pele geralmente se apresentam em forma de uma pinta, sinal e ou mancha. “Geralmente, essa mancha tem três ou mais cores e as bordas são irregulares. Também pode ser um sinal que apresentou um crescimento acelerado em pouco tempo, um nódulo, uma ferida que não cicatriza há mais de um mês ou uma lesão que tem um sangramento fácil. Esses são sinais de alerta para que se procure um dermatologista, para que seja diagnosticado o quanto antes”, orienta.

As pessoas que têm mais predisposição a desenvolver o câncer de pele, segundo a médica, são aquelas que são mais expostas ao sol. “É claro que existe câncer de pele como o melanoma, cuja exposição solar não é tão importante. O que conta mais é a predisposição genética. Inclusive, ele pode se desenvolver em áreas do corpo que não são expostas ao sol. Mas, a maioria dos cânceres de pele, que são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por mais de 90% dos casos, têm uma ligação muito grande com a exposição solar”, explica.

A dermatologista destaca que indivíduos que se expõem de forma constante, como os que trabalham diretamente expostos ao sol como agricultores, pescadores, garis, trabalhadores da construção civil e surfistas, integram o principal grupo de risco.

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