Quarta-Feira, 05 de fevereiro de 2025

Postado às 10h30 | 29 Set 2019 | Redação Vereadores pedem à governadora prédio ocioso para Hospital Municipal São Camilo

Prédio da Antiga Escola Modelo pertence ao Estado e está sem utilidade. Já o Hospital Municipal São Camilo funciona em imóvel alugado. Os vereadores também pediram à governadora Fátima que reveja o Proedi que tira mais de R$ 7 milhões/ano de Mossoró

Crédito da foto: Cedida Governadora Fátima recebeu documento das mãos dos vereadores de Mossoró

COLUNA CÉSAR SANTOS/JORNAL DE FATO

A governadora Fátima Bezerra (PT) conclui nesta segunda-feira (30) a estadia do seu governo em Mossoró, iniciada na quinta-feira (26). Cumpriu, até aqui, uma agenda de muitos eventos, mas de pouca efetividade. Em alguns momentos, até deu pano para críticas/zoação, como a “inauguração” da nova sede da Direc, quando na verdade esse órgão apenas saiu de um imóvel alugado para uma área no Centro Educacional Jerônimo Rosado, que sequer foi reformada. Teve, também, a visita ao canteiro de obra do Hospital da Mulher, que está paralisada por uma série de erros de execução.

Como a estadia termina só amanhã, ainda há tempo para a governadora carimbar algo de positivo para Mossoró. Coube a um grupo de vereadores oferecer a oportunidade. Explico: o grupo entregou a Fátima Bezerra um pedido de sessão do imóvel da antiga Escola Modelo, que pertence ao Estado, para a Prefeitura de Mossoró instalar no local o Hospital Municipal São Camilo de Léllis.

Trata-se de um prédio ocioso localizado na área onde já existe um complexo de saúde em torno da Praça Cônego Estevão Ramalho. Atualmente, o Hospital Municipal São Camilo funciona em prédio alugado, cuja estrutura precisa de restauração, o que demandaria mais de R$ 1 milhão aos cofres, e não seria correto o dinheiro público bancar obra em imóvel privado.

Vale ressaltar que o Hospital São Camilo é mantido pela Prefeitura de Mossoró, mas atende pacientes de quase todo o Rio Grande do Norte. Ou seja, se a governadora atender à reivindicação, beneficiará a população de dezenas de municípios de outras regiões.

O documento entregue à governadora tem assinatura de quase todos os vereadores, inclusive de Gilberto Diógenes (PT), aliado desde sempre da governadora e opositor do governo municipal. Ou seja, a iniciativa dos edis, a partir da ideia do vereador Francisco Carlos (PP), coloca o interesse coletivo acima da questão político-partidária.

Fátima Bezerra tem ainda outra oportunidade para justificar a sua estadia em Mossoró. Outro documento chegou às suas mãos, também assinado por vereadores (menos os edis de oposição), que pede que ela reveja o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI). Esse programa, da forma como foi concebido, por decreto, tira dos Municípios mais de R$ 82 milhões por ano. Só Mossoró, perderá mais de R$ 7 milhões por ano. Por consequência, castigará a população porque a prestação de serviço da cidade vai ser impactada.

Observe que ao final de quatro anos, Mossoró terá perdido quase R$ 30 milhões. Em termo de comparação, para se ter ideia, esse volume representa três sessões onerosas do pré-sal. É muito dinheiro para o Município que ainda sofre para sair completamente da crise e que, para isso, tem de aumentar a sua receita.

Portanto, está nas mãos da governadora. Ela pode, se assim quiser, atender as duas reivindicações, que são justas e importantes para Mossoró, ou dizer "não" e voltar para Natal sem justificar a sua estadia na Terra de Santa Luzia e da resistência.

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